Foi notícia desta semana, primeiramente as declarações de Gilberto Madaíl, indiciando que apenas 3 dos 12 estádios para o Mundial 2018, seriam em solo nacional. Seguidamente, logo ecoou nos meios de comunicação social, a voz de Macário Correia, que na manhã de terça feira, ainda candidato eleito para a presidência da CMF realçou a importância da inclusão de Faro e do Algarve teriam no acolhimento deste evento, situação a que os media nacionais deram à ampla difusão, sinal de mudança de notoriedade e ambição reconhecida em relação ao passado.
Como farense e também cidadão atento às politicas de desenvolvimento local, fui, sou e serei um defensor do investimento no Estádio Algarve, mas principalmente no Parque das Cidades, que a médio/longo prazo creio, se tornará num espaço âncora a nível ambiental, cultural, económico e de serviço público, congregando nas imediações excelentes condições para outros eventos. Criado este espaço, com um custo global de 65 milhões de euros, mas que acarreta anualmente cerca de 3 milhões de euros de despesas de manutenção aos dois concelhos proprietários, julgo que mais importante que decidirmo-nos pela ampliação do estádio Algarve em mais 10/12 mil lugares para poder receber um eventual pacote de 4/5 jogos para o Mundial (número médio de jogos disputados em estádios destas dimensões no Mundial 2006 da Alemanha), é perceber, o que se quer deste espaço, e a forma de como o aproveitar e potenciar receitas o mais rapidamente possível para poder amenizar as despesas correntes do Parque.
O que os farenses (e louletanos) querem neste momento perceber, é em que condições se vai investir mais dinheiro público na ampliação dum espaço que passa 360 dias por ano com as bancadas practicamente vazias, só com o pretexto de receber 4/5 jogos dum Mundial de Futebol... Podem me vir dizer que o Algarve têm que estar na rota deste evento planetário, e eu pergunto quem serão os maiores beneficiados??? Serão os farenses? Creio que a resposta é óbvia, logo não terão que ser eles mais uma vez os prejudicados de obras dinamizadoras no concelho e cidade, como aconteceu nos últimos anos, em benefício de grandes grupos hoteleiros e também dos concelhos vizinhos (passem pela baixa de Albufeira e Faro e vejam a diferença de público alvo).
Julgo que mais importante que Faro receber isoladamente este evento, é sim Faro poder se orgulhar verdadeiramente de desfrutar das potencialidades deste espaço. É neste sentido que o investimento têm que ser ponderado, não excluindo a participação da nossa região num Mundial de Futebol, mas nunca com base no investimento público para poder ter condições de receber a prova.
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