Cerca de cinco anos depois de ter sido anulada pelo Governo, a obra da estrada entre Faro e a A22, pelas Campinas, vai avançar no terreno, no corredor inicialmente previsto.
Um novo projecto para a estrada de acesso da A22 a Faro, alternativo à Estrada Nacional 2, reacendeu uma polémica antiga.
As marcações no terreno da nova ligação já estão a ser feitas na zona das Campinas e um pouco por toda a zona poente da freguesia da Conceição de Faro, naquilo que a Comissão de Moradores e Agricultores das Campinas e Paço Branco considera ser um projecto tão mau, senão pior, que o original.
«Isto é um autêntico acto de terrorismo», desabafou ao «barlavento» o porta-voz da comissão José Faustino. «É que é mesmo. Não olham a quem prejudicam com a estrada. Estamos a falar de centenas de pessoas afectadas», insistiu.
José Faustino, como os demais membros da comissão, contesta não a construção da estrada, mas a opção pelo traçado Poente, uma das três alternativas previstas num estudo de impacto ambiental feito há mais de cinco anos, mas que continua a enquadrar a obra.
Isto depois de o processo de construção da estrada, que já havia recebido o aval do Ministério do Ambiente no segundo Governo PS de António Guterres, ter sido anulado pelo ministro das Obras Públicas do Governo social-democrata liderado por Durão Barroso, em 2005.
A estrada volta agora «sem consulta pública e sem os estudos que Carmona Rodrigues pediu que fossem feitos». Isto não impediu técnicos do consórcio Rotas do Algarve Litoral de marcar a nova estrada, colocando marcos «em propriedade privada, sem pedir autorização a ninguém».
Contactada pelo nosso jornal, a empresa Estradas de Portugal confirmou que o processo está já em fase adiantada, apesar de não estar a seu cargo e sim da «subconcessão do Algarve Litoral».
Segundo a empresa, o traçado que apresentou «ao concurso da subconcessão e constante da proposta da subconcessionária respeita o corredor, com aprovação ambiental, foi seleccionado após uma análise comparativa, ordenada por despacho do Sr. secretário de Estado das Obras Públicas».
Segundo a mesma fonte, prevê-se que a construção da estrada «possa ter início no primeiro trimestre do próximo ano».
A comissão de moradores e agricultores põe em causa este método de selecção do corredor sem qualquer espécie de aviso ou consulta à população. E não está sozinha. Também o recém-eleito presidente da Câmara de Faro Macário Correia tem dúvidas sobre a legitimidade da medida e já está a estudar o assunto.
«Já tive uma reunião com a Estradas de Portugal. Pedi-lhes para me enviarem documentação sobre o assunto que não encontrei aqui na Câmara e ela foi-me enviada há uma semana. Estamos agora a estudar o assunto e voltamos a reunir-nos daqui a trinta dias. Não me parece que possam fazer a obra sem consulta pública. Mas, como disse, ainda estamos a estudar o assunto», referiu.
Já no que toca à opção pelo traçado a poente da EN2, Macário Correia não tem dúvidas. «Esta alternativa parece-me altamente penalizadora para a economia do concelho. Queremos a solução que tenha menores efeitos sobre a população e os agricultores», defendeu.
In Barlavento Online
Um novo projecto para a estrada de acesso da A22 a Faro, alternativo à Estrada Nacional 2, reacendeu uma polémica antiga.
As marcações no terreno da nova ligação já estão a ser feitas na zona das Campinas e um pouco por toda a zona poente da freguesia da Conceição de Faro, naquilo que a Comissão de Moradores e Agricultores das Campinas e Paço Branco considera ser um projecto tão mau, senão pior, que o original.
«Isto é um autêntico acto de terrorismo», desabafou ao «barlavento» o porta-voz da comissão José Faustino. «É que é mesmo. Não olham a quem prejudicam com a estrada. Estamos a falar de centenas de pessoas afectadas», insistiu.
José Faustino, como os demais membros da comissão, contesta não a construção da estrada, mas a opção pelo traçado Poente, uma das três alternativas previstas num estudo de impacto ambiental feito há mais de cinco anos, mas que continua a enquadrar a obra.
Isto depois de o processo de construção da estrada, que já havia recebido o aval do Ministério do Ambiente no segundo Governo PS de António Guterres, ter sido anulado pelo ministro das Obras Públicas do Governo social-democrata liderado por Durão Barroso, em 2005.
A estrada volta agora «sem consulta pública e sem os estudos que Carmona Rodrigues pediu que fossem feitos». Isto não impediu técnicos do consórcio Rotas do Algarve Litoral de marcar a nova estrada, colocando marcos «em propriedade privada, sem pedir autorização a ninguém».
Contactada pelo nosso jornal, a empresa Estradas de Portugal confirmou que o processo está já em fase adiantada, apesar de não estar a seu cargo e sim da «subconcessão do Algarve Litoral».
Segundo a empresa, o traçado que apresentou «ao concurso da subconcessão e constante da proposta da subconcessionária respeita o corredor, com aprovação ambiental, foi seleccionado após uma análise comparativa, ordenada por despacho do Sr. secretário de Estado das Obras Públicas».
Segundo a mesma fonte, prevê-se que a construção da estrada «possa ter início no primeiro trimestre do próximo ano».
A comissão de moradores e agricultores põe em causa este método de selecção do corredor sem qualquer espécie de aviso ou consulta à população. E não está sozinha. Também o recém-eleito presidente da Câmara de Faro Macário Correia tem dúvidas sobre a legitimidade da medida e já está a estudar o assunto.
«Já tive uma reunião com a Estradas de Portugal. Pedi-lhes para me enviarem documentação sobre o assunto que não encontrei aqui na Câmara e ela foi-me enviada há uma semana. Estamos agora a estudar o assunto e voltamos a reunir-nos daqui a trinta dias. Não me parece que possam fazer a obra sem consulta pública. Mas, como disse, ainda estamos a estudar o assunto», referiu.
Já no que toca à opção pelo traçado a poente da EN2, Macário Correia não tem dúvidas. «Esta alternativa parece-me altamente penalizadora para a economia do concelho. Queremos a solução que tenha menores efeitos sobre a população e os agricultores», defendeu.
In Barlavento Online
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