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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Funcionários do Farense saem do clube

Os funcionários do clube da capital rescindiram os contratos alegando salários em atraso. Presidente diz que o funcionamento do clube não está em perigo. (actualizada)

A notícia foi confirmada esta manhã ao Observatório do Algarve pelo próprio presidente do Farense, António Barão.

O dirigente admitiu ao OdA que foram 12 os funcionários do clube a acertar a rescisão, "alegando salários em atraso de vários anos".

Barão admitiu ainda que, "estas saídas não põem em causa a gestão do clube. Será gerido com mais consciência", diz.

António Barão admite prestar mais esclarecimentos ao final da tarde.


Ainda este mês, Barão admitiu que o cancelamento de verbas por parte da Câmara de Faro poria a viabilidade do clube em risco.

Segundo o dirigente, o clube recebia perto de nove mil euros por mês, valores que resultam de dois protocolos com o Estádio de São Luís (4800 euros) e o ginásio (4100 euros) por serviços prestados à cidade no âmbito desportivo, nomeadamente nas modalidades jovens amadoras.

“A ajuda da Câmara é essencial para a gestão corrente [cerca 25 mil euros], mas entretanto essas verbas foram cortadas. Os protocolos que foram definidos eram cumpridos rigorosamente e, a juntar aos donativos que esta direcção se propôs a arranjar, conseguíamos gerir. Mas agora estamos a zero. O Farense não tem viabilidade sem o apoio da autarquia”, ressalvou na altura.

In Observatório do Algarve


É sempre com tristeza que sabemos de situações desta natureza, em que postos de trabalho são reduzidos, quer na sequência de actos de despedimentos colectivos por parte da entidade empregadora, ou mesmo na sequência de incumprimento salarial ou mesmo de outra índole que leve à justa causa por parte dos aplicados funcionários...
No caso do Farense, o facto é que o emblema da capital algarvia à muito não tinha condições de auto-sustentabilidade financeira, em virtude de penhoras sobre algumas das receitas do Clube, realizando a gestão corrente à base dos subsídios camarários que regularmente eram pagos, como refere o artigo, relativos às cedências de espaços desportivos para a prática comum dos munícipes.


Ora, um Clube como o Farense, para além de estar longe dos tempos em que justificava uma estrutura de "pessoal" tão pesada, não podia, nem pode continuar a viver exclusivamente de subsídios camarários. Acusar, como muitos adeptos e sócios fazem, a CMF de por em causa no instante a "vida" do Farense é de todo injusto, deixando no ar uma situação de subsidio-dependência que não se quer de forma regular, mas no máximo em situações de extrema gravidade.


A decisão dos funcionários do Farense em abandonar o Clube, segundo se sabe, encaminhados para o fundo de desemprego, acaba por ser a curto/médio prazo uma solução para estes dignos empregados, que muito deram ao Clube, mas que sabem, melhor que ninguém das dificuldades que o Farense atravessa, e que, não fugindo à regra geral das empresas actuais, procuram com os mínimos recursos possíveis, soluções para a viabilidade das gestões correntes. Diria mesmo, que se esta reestruturação tivesse sido tratada mais cedo, talvez o SCF agora respirasse um pouco melhor, mas tudo se foi arrastando terminando de forma abrupta ligações afectivas que se confundiam com as laborais a uma "Casa" que é mais emblema de futebol.


Mas o Farense não para, e como se lê no artigo anterior, estou crente que a CMF será um braço forte no decorrer de 2010, na resolução dos problemas de "fundo" do Farense, por forma a que se possa preparar o plano desportivo, económico e social do noSSo Clube nos anos que se seguem... Nunca como antes, o Farense precisou da união entre todos - sócios, adeptos, mas também das pessoas de Faro, "algarvios de gema", e outros que se habituaram a gostar desta cidade que tenho no coração: Faro!


Força Farense!

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