Imigração vai dar forte contributo para a expansão populacional da região algarvia, segundo o Eurostat. Mas são precisos melhores transportes e ordenamento urbano.
A criação de novas políticas de ordenamento urbano e a melhoria da rede de transportes no Algarve são condições fundamentais para que o aumento populacional na região pela imigração seja "bem-vindo", defendeu hoje uma especialista.
De acordo com uma projeção demográfica publicada em janeiro pelo organismo europeu de estatística (Eurostat), a população algarvia crescerá mais de 30 por cento até 2030 devido ao aumento do número de imigrantes.
Estima-se que nesse ano a região atinja os 564 mil habitantes, contra os atuais 443 mil, o que representa o terceiro maior crescimento regional da União Europeia, depois da Irlanda e de Múrcia, em Espanha.
Em declarações à Lusa, a presidente do Centro de Investigação sobre Espaços e Organizações (CIEO) da Universidade do Algarve (UAlg) afirmou que a estimativa "não surpreende", tendo em conta que entre 2000 e 2008 o número de imigrantes no Algarve praticamente quadruplicou.
Teresa Noronha considera que para que o esperado aumento populacional no Algarve seja "bem-vindo" será necessário implementar algumas medidas, como a criação de novas políticas de ordenamento urbano para evitar a criação de guetos.
Por outro lado, diz, será necessário melhorar a rede de transportes públicos e direcionar os investimentos que sejam canalizados para a região para actividades industriais e não apenas para serviços ligados ao turismo.
Considerando que o aumento pode ser "muito estimulante para a economia", Teresa Noronha lembra ser necessário tomar medidas urgentes para que o esperado aumento populacional não promova o aumento das taxas de desemprego.
"Se não houver uma dispersão do tipo de ofertas, um aumento da qualificação profissional e o favorecimento de novas oportunidades de negócio, o problema do desemprego pode agravar-se", avisa a economista.
Em 2030 o Algarve terá mais 152 mil imigrantes, 119 mil dos quais serão estrangeiros e 33 mil portugueses de outras regiões o que, no total, representa um aumento populacional de 13,4 por cento.
Para o presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA), Nuno Aires, este estimado aumento populacional é "uma boa notícia" porque pode contribuir para trazer "massa crítica" à região.
Em declarações à Lusa, o responsável pelo Turismo do Algarve diz que a captação de novos profissionais pode ser uma das vantagens da imigração, sobretudo se for em áreas ligadas às novas tecnologias.
Nos próximos 20 anos, é também expetável que haja um envelhecimento da população algarvia baseado num saldo natural negativo, com uma previsão de 107 mil nascimentos e 118 mil óbitos.
Menos nascimentos conduzirão a um envelhecimento da população, pelo que a atual percentagem de 18,8 por cento dos habitantes com mais de 65 anos no Algarve irá subir para 23,2 por cento, prevê o Eurostat.
In Observatório do Algarve
A criação de novas políticas de ordenamento urbano e a melhoria da rede de transportes no Algarve são condições fundamentais para que o aumento populacional na região pela imigração seja "bem-vindo", defendeu hoje uma especialista.
De acordo com uma projeção demográfica publicada em janeiro pelo organismo europeu de estatística (Eurostat), a população algarvia crescerá mais de 30 por cento até 2030 devido ao aumento do número de imigrantes.
Estima-se que nesse ano a região atinja os 564 mil habitantes, contra os atuais 443 mil, o que representa o terceiro maior crescimento regional da União Europeia, depois da Irlanda e de Múrcia, em Espanha.
Em declarações à Lusa, a presidente do Centro de Investigação sobre Espaços e Organizações (CIEO) da Universidade do Algarve (UAlg) afirmou que a estimativa "não surpreende", tendo em conta que entre 2000 e 2008 o número de imigrantes no Algarve praticamente quadruplicou.
Teresa Noronha considera que para que o esperado aumento populacional no Algarve seja "bem-vindo" será necessário implementar algumas medidas, como a criação de novas políticas de ordenamento urbano para evitar a criação de guetos.
Por outro lado, diz, será necessário melhorar a rede de transportes públicos e direcionar os investimentos que sejam canalizados para a região para actividades industriais e não apenas para serviços ligados ao turismo.
Considerando que o aumento pode ser "muito estimulante para a economia", Teresa Noronha lembra ser necessário tomar medidas urgentes para que o esperado aumento populacional não promova o aumento das taxas de desemprego.
"Se não houver uma dispersão do tipo de ofertas, um aumento da qualificação profissional e o favorecimento de novas oportunidades de negócio, o problema do desemprego pode agravar-se", avisa a economista.
Em 2030 o Algarve terá mais 152 mil imigrantes, 119 mil dos quais serão estrangeiros e 33 mil portugueses de outras regiões o que, no total, representa um aumento populacional de 13,4 por cento.
Para o presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA), Nuno Aires, este estimado aumento populacional é "uma boa notícia" porque pode contribuir para trazer "massa crítica" à região.
Em declarações à Lusa, o responsável pelo Turismo do Algarve diz que a captação de novos profissionais pode ser uma das vantagens da imigração, sobretudo se for em áreas ligadas às novas tecnologias.
Nos próximos 20 anos, é também expetável que haja um envelhecimento da população algarvia baseado num saldo natural negativo, com uma previsão de 107 mil nascimentos e 118 mil óbitos.
Menos nascimentos conduzirão a um envelhecimento da população, pelo que a atual percentagem de 18,8 por cento dos habitantes com mais de 65 anos no Algarve irá subir para 23,2 por cento, prevê o Eurostat.
In Observatório do Algarve
Um cenário mais provável que imaginável, e que, a meu ver, senão nos decidirmos a médio prazo pela regionalização poderá redundar num caos social na Região, cada vez mais dependente do declinante petróleo do Algarve, o Turismo...
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