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sábado, 1 de março de 2008

Decidir cedo para descansar depois - Farense 4-0 Padernense

O Farense saiu vitorioso este sábado em mais um jogo a contar para o Distritalão, obtendo um bom resultado e exibição, que embora não sendo muito agradável inverteu a tendência de declínio exibicional patente nos últimos jogos. O adversário era “apenas” o ultimo classificado, contudo ficámos agradados com alguns períodos de jogo pois a equipa desenvolveu a espaços, jogadas interessantes. O Farense entrou muito bem na partida e aos sete minutos já vencia por 2-0, como que num “remake” do jogo de S. Brás de Alportel em que também havia entrado a ganhar. Defrontando um opositor frágil e inofensivo o Farense assumiu as rédeas do jogo e criou lances de perigo que deixavam na retina a sensação de que provavelmente se assistiria a uma goleada das antigas. Havia passado a meia hora de jogo e Edinho acabava por bisar na partida ao fazer o 3-0 num belo chapéu, como que a consequência natural dum futebol articulado, também propiciado por a inclusão de Calquinhas a meio campo, jogador que foi o criativo da equipa, que jogava e fazia jogar os companheiros, e em que os Leões de Faro apostavam em aberturas rápidas para os três os homens da frente que invariavelmente aproveitavam as débeis marcações e espaços concedidos na defensiva padernense. O Padernense foi de facto a pior equipa que este ano vimos alinhar no Estádio Algarve, prova disso a incapacidade atacante desta equipa que mesmo a perder por 3-0, apenas efectuou o primeiro remate já no termo da primeira parte.

Na segunda parte o Padernense tentou reagir e chegar pelo menos ao tento de honra até perto dos 65 minutos da partida, perante um Farense em total descompressão, e acreditamos nós, com o pensamento do jogo de Vila Real, pois os jogadores optavam por uma toada mais tranquila, sem a intensidade desejável para que víssemos um bom espectáculo. Teria o Padernense, uma boa hipótese de reduzir a diferença aos 68 minutos, não fosse a ingenuidade do seu atacante, pois numa jogada rápida já à entrada da área e com espaço em frente para se aproximar da baliza, chutou fraco para as mãos de Costa, e numa das jogadas seguintes havia de ser Brasa a mudar o marcador, fixando o 4-0 final, que poderia ter sido outro não fossem algumas perdidas escandalosas de Bruno, que parece atravessar uma crise de confiança e quiçá azar, pois a bola teima em não entrar na baliza adversário. Hoje teve oportunidade por pelos menos 3 vezes de fazer o seu golo, mas o defesa contrário sobre a linha, e o guardião noutra evitaram que fizesse o gosto ao pé. Por fim nota para Hernâni que regressou à competição, jogando os últimos 20 minutos da partida, num claro sinal de Jorge Portela de que conta com o jogador, aproveitando para lhe dar ritmo competitivo, com vista às difíceis batalhas que se adivinham. Arbitragem muito bem conduzida por Sílvia Domingos. Um exemplo para muitos homens que andam na arbitragem, pois sabe estar em campo não querendo ser o protagonista nem entrando em pormenores mesquinhos usuais na nossa arbitragem.

Ficha de Jogo: Estádio Algarve (Parque das Cidades)
15 horas, 01/03/2008
Assistência: 600 espectadores
Farense 4-0 Padernense

(2mn, por Né num livre marcado por Edinho na meia direita, o guardião Lima afasta a bola e aparece Né a cabecear para o golo)
(7mn, por Edinho na sequenência duma jogada de Brasa pela esquerda e Edinho, imperial de cabeça e marcar o primeiro da sua conta pessoal)
(30mn, por Edinho, que apareceu solto junto ao guardião do Padernense, e à saída do mesmo, fez um chapéu que entrou junto ao poste esquerdo da baliza norte do Estádio Algarve)
(71mn, por Brasa num remate rasteiro da meia lua mas descaído para a esquerda, que embora não sendo muito forte, apanhou desprevenido Lima e alojou-se junto ao poste esquerdo da baliza)

Farense: Costa; Amilcar, Né, Wilson, Caras; Arlindo, Barão (Hernâni, 72mn), Calquinhas; Túlio (Roque 45mn), Brasa, Edinho (Bruno 44mn). Treinador: Jorge Portela

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