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sábado, 30 de janeiro de 2010

Sismo de magnitude 7.5 no Algarve reduzia a metade as infra-estruturas básicas

Se o sismo que ocorreu a 17 de Janeiro de 2009 tivesse tido a magnitude de 7.5 na escala de Richter, 50 por cento das infra-estruturas básicas (hospitais, centros de saúde, escolas) ficariam inoperacionais. Esta é uma das principais conclusões do «Estudo de Risco Sísmico e Tsunami do Algarve» apresentado na sexta-feira, na Universidade do Algarve.

Os cálculos foram efectuados através de uma ferramenta informática desenvolvida por este estudo, que irá permitir agir em situação de crise, mas sobretudo fazer “prevenção”. De acordo com Sousa Oliveira, coordenador deste estudo, este simulador permite “estimar e visualizar as previsões de danos, devidamente geo-referenciadas, para uma melhor e mais eficaz gestão da emergência”.

“Um sismo como o do Haiti poderia causar danos importantes na população e a inoperacionalidade de muitas redes”, afirma, ressalvando que embora não exista uma grande probabilidade de ocorrer um sismo desse género, ele pode ocorrer em qualquer altura.

Num cenário hipotético e partindo do princípio que os diplomas de construção existentes foram respeitados em todas as construções posteriores à sua publicação, um sismo com a intensidade de 7.5 na escala de Richter, com epicentro a 68 quilómetros de Faro provocaria cerca de 13 mil desalojados, 593 feridos e perto de 1.000 mortos.

“Em média conhecemos as vulnerabilidades dos edifícios, em função da época de construção, do regulamento que estava em vigor e de uma série de questões. Este simulador permite saber isso. Sabemos qual o parque mais vulnerável. Temos que actuar, estabelecendo prioridades de reabilitação, para que se possam melhorar as características resistentes dos edifícios”, garante Sousa Oliveira.

No que concerne ao parque habitacional existente diz que há de tudo. “Há uns mais antigos onde a vulnerabilidade é maior. Há os mais novos em que a resistência é melhor. Outro aspecto muito importante é a qualidade: não basta ter bons regulamentos, mas precisamos de saber se eles são cumpridos à risca. Tudo o que fizémos é partindo do princípio que a qualidade é boa”, assegura.

Caso fosse gerado um tsunami (onda gigante), este demoraria 12 minutos a atingir a costa vicentina e cerca de 30 minutos a chegar a Faro. Os cenários estudados, prevêm a inundação de Quarteira e Vilamoura e da baixa da cidade de Faro.

A água pode subir três a quatro metros, dependendo da magnitude do sismo. O efeito do tsunami é a combinação de duas coisas: o que vai ser alagado e a velocidade com que onda entra em terra”, explica o responsável do estudo.

O estudo decorreu ao longo dos últimos dois anos (2007-2009) e possibilita ainda prever cenários de catástrofe consoante a altura do ano (Inverno ou Verão), tendo em conta que a população algarvia passa de cerca de 400 mil habitantes para 1,5 milhão de residentes na época alta, e ainda de acordo com a hora do dia, intensidade e distância da costa algarvia.

Com esta ferramenta, vai ser possível definir um plano de emergência para os diversos cenários de catástrofe que podem ocorrer.
In O Algarve
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O "Mundo" está a mudar, não sou eu que o digo, são os sinais cada vez mais intensos de catástrofes a todos os níveis. O Homem destruiu e destrói o meio ambiente e tudo isso têm consequências...

1 comentário:

Anónimo disse...

Adoro quando a taberna discute a ciência. Só falta uma pitada da bíblia, esse livro bolorento da vida e da verdade para isto ficar ainda mais apocaliptíco... a sério sempre digo que vamos morrer todos e não fica cá ninguém...