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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Construção no Algarve em crise profunda

O Algarve é a região do país onde se verifica a maior quebra de produção no mercado residencial e o maior aumento da taxa de desemprego no sector, de acordo com a última análise regional de conjuntura da Associação de empresas de construção, obras públicas e serviços (Aecops), divulgada hoje.

Nos primeiros quatro meses deste ano, o número de fogos novos licenciados no Algarve caiu 59,7 por cento face a igual período de 2008, contra os -45,0 por cento da região Centro, os -58,4 por cento da zona de Lisboa e os -48,4 por cento do Alentejo. Como refere a Aecops, na sua análise de conjuntura, "os indicadores que têm vindo a ser disponibilizados e que se referem ao desempenho do sector da Construção no Algarve, confirmam a manutenção de uma situação muito desfavorável, em termos de mercado de construção nesta região", o que compromete a actividade das empresas sedeadas na região. Segundo a Aecops, dada esta evolução, “não é de estranhar o forte crescimento do desemprego no sector no Algarve: 205 por cento até Abril do corrente ano, contra os 74,5 por cento de média no País, os 65,9 por cento do Centro, os 70,1 por cento da região de Lisboa e os 79,9 por cento do Alentejo”.

O aumento do desemprego, "três vezes superior à média nacional, reflecte que a crise nesta região assume proporções preocupantes”. Em termos concretos, esta realidade abrangia, até final de Abril, mais de 3,4 mil trabalhadores", sublinha a Aecops, salientando ainda que, a corroborar esta situação, está a redução da capacidade produtiva utilizada pelas empresas algarvias, que é agora de 61,6 por cento (72,3 por cento em média nacional), da carteira de encomendas (7,3 meses no Algarve e 9,5 meses em termos globais) e das perspectivas futuras de produção (-26,0 e -14,0 por cento, respectivamente no Algarve e em Portugal).

Situação preocupante, e que no meu caso particular explica a quebra de vendas de viaturas novas de alta cilindrada na nossa Região... Noutros anos, a percentagem de negócios efectuados com agentes deste ramo chegava à casa dos 40% a 50%...

1 comentário:

Zé de Fare disse...

Pois mas o pior ainda está para vir. É preciso saber que vento vai soprar depois das eleições de finais de setembro, que vento vai soprar depois das autárquicas e ainda que formato vai ter o orçamento geral do estado para 2010 onde vai ser preciso recuperar de um deficit de 7%/8% ao mesmo tempo que será necessário cortar brutalmente no endividamento externo do país. Acho que toda a gente já entendeu que os impostos vão ter de aumentar novamente e que alguns milhares de funcionarios públicos vão para a rua. A verdadeira crise verdadeiramente ainda nem sequer chegou cá...