Após o falhanço da primeira tentativa de vender o terreno do estádio, pertencente ao Sporting Clube Farense, em Setembro de 2008, a Comissão de Venda deverá avançar para a semana com a publicação de um novo anúncio.
Em causa estão cerca de 35 mil metros quadrados de construção aprovada pela Câmara de Faro numa zona com forte pressão imobiliária: 28 mil para habitação (208 fogos) e cerca de 3 mil inicialmente previstos para comércio.
Contudo, a área prevista para comércio, serviços e lazer, prevista para a cave, foi agora ampliada para 15 mil metros quadrados, o que pode tornar o negócio mais apetecível, diz o presidente da Câmara de Faro.
"Esta possibilidade aumenta o leque de potenciais interessados", disse José Apolinário à agência Lusa, cujo executivo deu, em finais de Fevereiro, luz verde ao pedido de ampliação da área comercial.
Além da área comercial prevista para a cave e dos 208 fogos previstos para habitação, há ainda uma área de 27 mil metros quadrados destinada a estacionamento subterrâneo, com capacidade para 700 viaturas.
Aos eventuais receios dos pequenos comerciantes baseados na possibilidade de Faro poder vir a ter uma nova zona comercial, Apolinário diz que "todos" irão beneficiar da revitalização daquela zona.
Como exemplo, referiu a construção do centro comercial "El Corte Inglés", em Lisboa, que contribuiu para revitalizar toda a zona envolvente e pequenos comerciantes que já lá estavam sedeados.
O valor base inicialmente avançado para a venda dos terrenos era de 14 milhões de euros, definido tendo em conta a área de construção e os preços médios de venda por metro quadrado.
A venda do Estádio de São Luís é tida como a única opção para que o Farense possa apagar o passado, limpar o passivo que ronda os dez milhões de euros e ficar com uma verba que lhe permita começar de novo.
No meu ponto de vista, que é apenas de mero observador, parecem-me reunidas as condições para o Farense realizar um negócio invejável e irrepetível em toda a sua história. Mesmo com crise que estamos a assistir, acredito que esta operação terá o sucesso desejado. Só espero que depois do dinheiro nos bolsos, o saibamos gerir duma forma diferente da que foi feita no passado...
2 comentários:
Concordo com a observação, mas tb realço que as pessoas à frente do Farense têm interesses pessoais na resolução da questão e ... vamos ver se o dinheiro não "desaparece"...
Penso que o Farense, para além de realizar este encaixe financeiro no imediato, deveria salvaguardar o seu futuro. Da maneira como está agora aprovada a zona comercial, está mais que visto que o S.Luís, dará lugar a um centro comercial e nesse sentido o Farense deveria acautelar as rendas de algumas lojas ou mesmo dividendos de exploração a longo prazo, à semelhança do que o Olhanense fez com o Padinha... Haja "olho" para isso, senão, um dia o dinheiro gasta-se e depois ficamos com uma mão à frente e outra atrás....
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