Segundo um estudo a que o Observatório do Algarve teve acesso, o Vodafone Rali de Portugal de 2007 - último ano em que esteve inserido no WRC (World Rally Championship) - injectou no Algarve 42,9 milhões de euros de despesas directas de pessoas que vieram propositadamente à região ver a prova.
Deste valor, 39,9 milhões de euros foram gastos pelos visitantes não residentes na região; 1,2 milhões pelos residentes e 1,7 milhões pelo conjunto de organização e equipas.
“Este foi um evento extremamente positivo para a região, quer em termos de impactos económicos directos associados às despesas dos residentes, visitantes e equipas, quer pelo facto de cerca de 50 por cento desta despesa ter origem no exterior, particularmente no mercado espanhol”, diz Fernando Perna, coordenador do CIITT (Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo), que encabeçou este estudo de impacto económico.
E, de facto, os 'nuestros hermanos' tiveram uma representação volumosa, com 39,8 por cento dos espectadores do Rali, contra 52,1 por cento portugueses. Os principais mercados espanhóis atingidos foram a Galiza (25 por cento); Andaluzia (23,2 por cento); Extremadura (14,4 por cento) e até a Catalunha esteve representada com 5 por cento.
De acordo com o estudo, a despesa proveniente do exterior foi gerada por uma estimativa de 104.529 mil turistas (que pernoitaram pelo menos uma noite na região) e de 36.536 mil de outros visitantes (cuja visita foi inferior a um dia - não pernoitaram).
“O posicionamento do Rali na semana que antecede a Páscoa [como será em 2009] é decisivo para o mercado espanhol, já que a intenção de regresso à região nos próximos três anos situou-se entre os 65,8 por cento (Inverno) e 90,4 por cento (Verão), demonstrando inequivocamente a importância da prova enquanto produto turístico de suporte ao aumento da procura na época baixa de veraneio”, aponta o estudo.
Segundo os responsáveis do estudo, a imagem projectada pelo evento “foi notoriamente positiva, quer da organização e espectacularidade do evento em si, classificado como bom ou muito bom”, numa classificação geral atribuída por residentes, não residentes e imprensa com valores de 4,1 a 4,2 (numa escala de 1 mau a 5 muito bom).
Desafio todos os que duvidam das potencialidades do Estádio Algarve a dizer algo, pois sem uma infra-estrutura desta natureza, tal prova não se realizaria cá e o Algarve não teria este retorno financeiro que acabamos de constatar pelo artigo...
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