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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ai Judite, Judite... Cuidado com o que se diz...

Uma entrevista muito actual duma jornalista de verdade... Podem-na ler na totalidade aqui:
Só espero que ela não seja a próxima vítima da asfixia democrática de que tantos apregoam...



"José Sócrates é agressivo comigo por causa do meu marido"
Em plena campanha eleitoral, a directora-adjunta de Informação da RTP, Judite de Sousa, publica um livro onde reflecte sobre a relação entre políticos e jornalistas.

(...)
Os políticos nem sempre reagem muito bem às notícias que lhe são adversas. Sente muito isso enquanto directora de Informação da RTP?
J.S. - Sinto.

Sente-se pressionada?
J.S. - Não. Uma coisa é as pessoas darem conta do seu mal estar. O problema é que em relação à RTP a coisa piora. Historicamente, os governos tendem a ver a RTP como estando ao serviço das oposições, e estas acham que a RTP está ao serviço do Governo. Sem ironia, temos um lugar reservado no céu. Levamos pancada de todos os lados. Dos governos, das oposições, dos opinadores. O dr. Pacheco Pereira vê-me, e ao José Alberto Carvalho, ao José Rodrigues dos Santos e à Fátima Campos Ferreira como atrasados mentais, e a RTP como sendo uma caixa de ressonância do governo PS. Pensa que somos uma espécie de servos da gleba do feudalismo. Por outro lado, a ERC estabeleceu umas quotas, uma coisa impensável e que não vejo em mais lado nenhum, nem os dirigentes norte-coreanos se lembrariam de tal.
(...)

José Sócrates também nunca foi muito simpático consigo nas entrevistas que lhe deu. Sabe qual é a razão?
J.S - É por causa do meu marido. Há muito sectarismo e mesquinhice na política. Sou jornalista há 30 anos. Já era a Judite de Sousa antes de ser casada com Fernando Seara. Não admito que ponham em causa o meu profissionalismo e a minha independência por estar casada com um político.

Há até quem ache, e na entrevista que refere as pessoas fizeram essa leitura, que José Sócrates fala consigo como se fosse seu patrão.
J.S. - Senti que foi agressivo, mal educado, arrogante e toda a gente pensou isso. O Fernando Madrinha escreveu no Expresso que, se estivesse no meu lugar, se tinha levantado e ia embora. A única pessoa em Portugal que disse que eu fui mole com ele foi a Manuela Moura Guedes. Mas como nunca o entrevistou não sabemos como ela se comportaria.

Aconteceu alguma coisa entre o seu marido e o primeiro-ministro que tivesse levado a essa mudança?
J.S. - Como nunca aconteceu nada entre nós, sou levada a crer que Sócrates deve ser daquele tipo de pessoas que emprenha pelos ouvidos. Quem gravita à sua volta, em São Bento, deve dizer-lhe assim: "aquela Judite de Sousa, casada com o Fernando Seara, que é do PSD, que derrotou a tua madrinha de casamento em Sintra..." (risos) (...)

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