Apesar dos muitos cantos e livres conquistados na parte final da partida, o Farense não conseguiu marcar qualquer golo e foi infeliz na forma como sofreu o golo já no período de descontos.
O Farense quebrou na tarde de hoje uma boa sequência de quatro jogos sem perder no qual averbou 10 pontos. Apesar de se ter afastado dos lugares cimeiros acabou por manter a sexta posição, mas esta está agora mais a ameaçada, isto na véspera da difícil e aguardada deslocação a Évora do próximo domingo. A derrota penalizou o Farense, não só pela oportunidade perdida de subir na tabela mas porque com uma assistência superior à dos últimos jogos, o Farense perdeu uma ocasião de se reconciliar definitivamente com o seu público, que no inicio da época vinha em grande número ao Estádio Algarve, mas gradualmente se foi afastando devido às más exibições e resultados da equipa.
Sob umas nuvens ameaçadoras, mas que não passaram disso mesmo, durante o tempo de jogo, o Farense até iniciou a partida de forma aceitável, pois apesar do relativo equilíbrio foi de facto a equipa com maior vontade e ensaiou nos primeiros minutos algumas jogadas mais incisivas, sem contudo criar chances reais de golo. O Barreirense acabaria por equilibrar definitivamente partida e assistiu-se a um jogo algo morno, mastigado a meio campo, onde as defesas se iam superiorizando aos atacantes contrários. Seria nessa altura que surgiria o golo do Farense, perto da meia hora de jogo, marcado por Norberto que desfazia assim uma igualdade que até ao momento era justa. Após o golo, a dinâmica do jogo não mudou muito, com um Farense assentar o seu esquema num 4x1x4x1, que poucos frutos dava... Seria do Barreirense a mais clamorosa ocasião até ao intervalo com um seu jogador a aparecer solto na área, após cruzamento atrasado da direita, e a chutar mal a bola, quando tinha tudo para empatar a partida. Terminava assim a primeira parte, com o resultado de 1-0, premiando um Farense mais eficaz, perante um adversário que não estava ser inferior em grande parte do primeiro tempo.
No segundo tempo, o cariz do jogo não mudou muito, mas António Barão, mesmo a vencer, e não satisfeito com a produtividade atacante da equipa, trocava o defesa Wilson por Bruno, no sentido de acompanhar mais Della Pasqua, que estava muito sozinho na frente. Notou-se claramente no jogo de hoje o défice exibicional dum jogador que esteve em foco nos últimos jogos que assistimos, Pintassilgo, que talvez tenha tido dificuldades em impor o seu jogo pois estando encostado na ala direita, não tinha a liberdade para organizar o jogo, prejudicando assim o fluxo ofensivo da equipa. O Barreirense, não tinha nada a perder e ia tentando "pegar" no jogo, perante um Farense pouco mexido, e foi cada vez mais pressionando os locais, embora sem proporcionar a Costa momentos de maior aperto. Foi por isso neste clima de “paz podre” que os homens do Barreiro desfariam a vantagem num lance de bola parada, quando faltavam ainda cerca de vinte e cinco minutos para o final da partida. O Farense tinha que acordar e sair da letargia a que estava remetido, e foi isso que aconteceu... Embora sem o impacto da reacção com o Castrense, chegou-se mesmo a acreditar que o golo estava iminente, pois com garra e coração o Farense ia criando perigo junto da baliza de Valter, conquistando cantos e livres junto à área. Por seu turno o Barreirense ia procurando estancar esse pendor e nunca deixava perder uma oportunidade de contra ataque, que embora sem muitas facilidades, acreditava também na vitória. Chegávamos então à recta final, com o público do Estádio Algarve muito ansioso, vendo o Farense a tentar o golo mas seria a equipa forasteira a trocar as voltas aos adeptos algarvios... Na verdade o Barreirense acabaria por ser feliz, fruto dum lance em que Costa é mal batido e no qual o homens de Barreiro acabavam por garantir a vitória num terreno sempre apetecível, perante um Farense incrédulo e depois desiludido com a "sina" que lhe estava destinada na tarde de hoje. Arbitragem aceitável.
Camp. Nac. 3ª Divisão, SérieF, 17ª Jornada
Estádio Algarve (Parque das Cidades)
Assistência: 600 espectadores
15 horas, 18/01/2009
Árbitro: Mário Belmonte (Évora)
FARENSE 1-2 BARREIRENSE
(29 mn, por Norberto, que aparece desmarcado no coração da área e encosta facilmente para a baliza defendida por Valter, após um cruzamento longo da direita de Barão)
(64 mn, por João Filipe, na cobrança dum livre directo que se anichou nas redes defendidas por Costa)
(91 mn, por Mauro, livre directo marcado por João Filipe na meia direita do seu ataque, ao qual Costa tenta agarrar, mas não o conseguindo, deixa a bola à mercê de Mauro que facilmente fez o golo forasteiro)
Farense: Costa; Cannigia (Luís Afonso 61mn), Rui Graça, Carlos Neves, Wilson (Bruno 57mn); Hernâni, Zé Nascimento, Barão (Klebson, 67mn), Norberto, Pintassilgo, Della Pasqua. Treinador: António Barão
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