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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

FARO: Variante Norte depende de expropriação ou negociação

José Apolinário, fez um apelo público aós proprietários para “serem cooperantes com obra de grande importância para a cidade e Algarve”. Trabalhos vão começar em terrenos do município.

O Município de Faro reuniu hoje com o consórcio que irá executar as obras da variante Norte a Faro, tendo o plano de trabalhos sido apresentado.

Segundo o autarca, “foi pedida a colaboração da Câmara Municipal de Faro para contactar os proprietários para um entendimento por via privada e não por expropriação pública. Se os terrenos forem obtidos por via privada, as obras começarão mais cedo. Da parte do consórcio há condições para começar amanhã, mas tudo depende dos proprietários”.
As Estradas de Portugal vão, entretanto, “desencadear o lançamento da declaração de utilidade pública para poder intervir no caso de não haver entendimento com os proprietários dos terrenos”, salientou.

Obra começa em terrenos públicos
José Apolinário referiu ainda que a Câmara Municipal irá disponibilizar terrenos públicos para que "a obra possa começar tão cedo quanto possível nestes terrenos". A expectativa é que haja "condições para anunciar formalmente a data de início das obras no decorrer da próxima semana".
Os trabalhos estão orçamentados em 18 milhões de euros, e vão permitir a retirada de trânsito do centro da cidade (mais de 25 mil veículos por dia) e colocar a zona nascente da cidade (Bom João) a 10 minutos do Aeroporto.
Vão ainda ser alvo de requalificação os acessos na ligação a Olhão, à Via do Infante e ao Montenegro.

José Apolinário sublinhou a importância desta obra, considerando os condicionamentos da cidade em termos de acessibilidades. “Este é um processo que está em condições de avançar, quer em termos de avaliação de impacte ambiental, quer em termos de financiamento”, disse.
Este é o culminar de um longo processo administrativo e político, iniciado em 1999.

Recorde-se entretanto que a conclusão da variante até ao Rio Seco, que obrigará ao realinhamento da zona, devido ao leito de cheia, permitirá descongestionar o trafégo em cerca de 60 a 70 mil viaturas que entram em Faro diariamente, muitas delas rumo a outras direcções.
A obra será complementada com a evolução da 3.ª Circular, que fará a ligação entre as Pontes de Marchil, Lejana, Vale da Amoreira, Penha e a rotunda da Avenida Cidade de Hayward, interceptando a norte do complexo desportivo a variante a Faro.
Prevê-se ainda a implantação de um Sistema de Controlo e Gestão Dinâmica de Tráfego – de forma a regular automaticamente a semaforização em função dos volumes de tráfego, limitando as velocidades e minimizando os tempos de espera dos veículos entre o nó de São João da Venda e Faro e entre Faro e Olhão.

Rui Sousa, engenheiro responsável pelo consórcio, manifestou a disponibilização para o recomeço das obras da variante, que já tem um torço executado, pretendendo-se que estas tenham início a curto prazo, "ainda no decurso deste final de Agosto ou início de Setembro", referiu.

Parece-me no mínimo estranho a questão da construção da 2ª fase da variante a Faro, que é referida por José Apolinário ínumeras vezes em debates e apresentações públicas. Esta situação, que ainda não teve ínício no terreno apesar de já estar atrasada nos prazos estabelecidos, têm agora previsto o começo de obras ainda em Agosto, ou, o mais tardar em Setembro, quando na verdade, ainda ninguém formalizou contactos com os proprietários dos terrenos por onde esta estrada vai passar... Ou seja, ou a CMF têm uma grande área de terrenos públicos onde a estrada irá passar, ou então, me parece os trabalhos iniciar-se-ão dispersamente e em fraca intensidade, com o objectivo puro e simples de se iniciar algo, como arma de arremesso eleitoral, quando sabemos que as Autárquicas terão o dia D a 11 de Outubro, poucas semanas depois desse facto...
Estarei errado?

4 comentários:

Anónimo disse...

Eu,posso estar enganado,mas penso que a "pressa"tem mais a ver com mais um bom acesso para servir a Feira de Santa Iria...e só mentes doentias a podem relacionar com eleições...SF

SamM disse...

Caro SF,

Então tá me a dizer que a variante se faz em 1 mês... Muito bem...

A sua percepção é perfeita!

Unknown disse...

Incrivel.
Só faltava mesmo este conveniente argumento para justificar futuros atrasos.
lembro-me de há cerca de 6-7 anos atrás estarem a fazer o levantamento das terras onde a variante iria passar, pois estavam lá os técnicos do IEP a registar os proprietários e a fazer medições. Isto foi-me explicado no local por um dos técnicos.

A própria variante estava definida desde o inicio que seria do Rio Seco ao Aeroporto, pelo que não compreendo que em todos estes anos, mais de dez certamente, não se tenha previsto indemnizar as pessoas e chegar a acordo de verbas pacificamente.

Será que pensavam construir a estrada na terra das pessoas e não pagar?
Será que se fosse o Dr. Apolinário, gostria que lhe oferecessem 1 ou 2 euros por m2, sabendo que a terra agrícola classe A vale 10 Euros/m2?
È tudo tão conveniente, mas ao mesmo tempo triste....

Lamento pela minha cidade.

Anónimo disse...

É só passar as eleições depois vêem a preocupação com esta variante do futuro presidente(em tavira não se faz variantes,faz-se rotundas,anda-se á roda).