"Sueste" é um disco com 'cheiro' que representa um amadurecimento da banda algarvia Iris. Grupo sente-se colocado à margem pelos promotores de espectáculo locais.
Um ambiente intimista, ao fim de tarde, foi como a banda Iris recebeu o Observatório do Algarve. Numa conversa descontraída, Domingos Caetano, Carlos Guerreiro, Márinho Pires, Thierry Guerreiro e João Ruano apresentaram o mais recente trabalho do grupo, que conta ainda com Rui Machado, ausente devido a compromissos profissionais.
Um ambiente intimista, ao fim de tarde, foi como a banda Iris recebeu o Observatório do Algarve. Numa conversa descontraída, Domingos Caetano, Carlos Guerreiro, Márinho Pires, Thierry Guerreiro e João Ruano apresentaram o mais recente trabalho do grupo, que conta ainda com Rui Machado, ausente devido a compromissos profissionais.
“Estás a ver aquele barulho que fazem as ondas do sueste? É assim. Quando vais à praia, sabes aquele cheirinho das ondas, quando a onda enrola e faz aquele barulho todo com aquele cheirinho a mar? O “Sueste” é isso”, explica Domingos Caetano, vocalista da banda Iris.
Um trabalho cheio de “energia” cujas músicas que mais ‘dores de cabeça’ dão em concertos ao vivo são “Meia culpa” e “O mundo à sorte”, esta última com excertos cantados em espanhol.
A complexidade de alguns dos temas, segundo João Ruano, deve-se ao facto de o grupo se ter “esmerado ao fazer o álbum”.
“Fizemos tudo o que havia para fazer e depois quando fomos tocar ao vivo começámos a pensar ‘onde é que estão os outros 40 gajos para fazer aquilo que nós fizemos no álbum?’, então é isso que às vezes dificulta”, diz João Ruano, apoiado por Carlos Guerreiro, que acrescenta: “com muito jeitinho vai lá”.
“Meia culpa” é também a música que a banda mais gosta de tocar ao vivo, a par com “Lendas e histórias”, inicialmente apelidada de “Marroquina”, mas que na hora de ser registada teve de ganhar novo nome.
“Quando se faz as músicas dá-se um nome e depois, quando se vai registar, fica outro”, explica Carlos Guerreiro, o que faz com que muitas vezes os músicos não saibam identificar os títulos dos temas.
Passados 14 anos desde o lançamento do primeiro disco, Thierry Guerreiro considera que houve uma “evolução positiva e um amadurecimento”, todavia constata, com um sorriso, que também estão “mais velhos”.
“Na composição dos temas e nos arranjos o álbum está mais conciso, está mais adulto”, sublinha Domingos, referindo-se a “Sueste”.
Desprezados por promotores de espectáculos
A banda assume que não realiza tantos concertos como os que gostaria e acusa os promotores de espectáculos de preferirem “contratar outras bandas, muito mais caras, que não valem nada”, diz João Ruano.
“As entidades que promovem os espectáculos põem sempre em causa a nossa qualidade como músicos, só porque somos algarvios. Se fossemos de fora já éramos bons, isso é que é chato”, corrobora Domingos Caetano.
Em relação ao público a percepção é oposta: “as pessoas estão lá sempre, nunca vi nós tocarmos para casa vazia, nunca vi ninguém a sair a meio do concerto, nunca vi ninguém a não dar saltos”, enumera João.
“Sueste” está em pré-venda desde dia 4 de Novembro e disponível desde dia 9 do mesmo mês, segundo a banda foi um disco produzido “com calma” e cujas vendas estão a ser “muito positivas”.
Os próximos concertos agendados são dia 28 de Novembro, na Fnac da Guia, e na Passagem do Ano, na Baixa de Olhão.
Os planos da banda Iris para os próximos tempos são percorrer as várias salas de espectáculo do país dando a conhecer “Sueste”.
Para conhecer melhor este grupo com sotaque algarvio, nascido na Fuzeta (Olhão), visite o site http://www.iris.pt/ ou o MySpace aqui.
2 comentários:
A melhor banda algarvia de sempre!
A seguir, mas em "Covers" veêm os La Plante Mutante.
Sem esquecer "osNome" e "oLUDO"... E claro os Entre Aspas, agora extintos...
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