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quarta-feira, 31 de março de 2010

Farense/Centenário: 1950-1969 – Décadas de ouro do basquetebol e a I Divisão tão perto...

No basquetebol, o ano de 1950 marca o início de brilhante década. Revelam-se jogadores como Bastardinho I, Estevinha, Nunes, Marcos e Joaquim Vinhas, que actuou durante quase duas décadas no clube algarvio.

Em 53/54, conquistam o campeonato regional, chegam à última fase da II Divisão e são eliminados da Taça de Portugal pelo Sporting pela diferença de um ponto. Em 57/58 (o melhor desta década), já com o concurso de Fonte Santa – dos melhores atletas que passaram por Faro –, o Farense consegue um 2.º lugar na prova regional, a vitória na Zona Sul da II Divisão, derrotando o Montijo na final e uma carreira na Taça de Portugal que só terminou nos quartos-de-final.

A década de 60 não fica nada atrás do pecúlio efectuado em 50. Em 61/62, destaque-se a conquista de mais um campeonato regional e, em 64/65, pela primeira vez na I Divisão – Zona Sul, alcançou uma posição bastante meritória, depois de ter ganho o Campeonato do Algarve. Um ano depois, o 5º lugar no escalão máximo da modalidade e nova conquista regional.

A melhor época de sempre (ou, pelo menos, a melhor equipa de sempre) do Farense é a de 66/67. Ficam para a história os nomes: Vinhas, Bastardinho II (o filho), Fontainhas, Hélio, Samuel, Nobre, Estrela, Passos, Santos, Oliveira, Aleixo, Patrício e Toregão. 13 homens que conquistam mais um campeonato regional e que conseguem um registo de seis vitórias e oito derrotas na I Divisão.

Já no futebol, o Farense arrancava modestamente para a década de 50, onde voltou a estar a um passo de chegar à I Divisão Nacional. Em 1953, reforçam o Farense, pela mão de José Lopez, uma das grandes figuras espanholas da história do clube – era o treinador quando, em 1954/55, o Farense chegou às meias-finais da Taça de Portugal, sendo eliminado pelo Sporting –, três espanhóis de reconhecida valia: Celestino, José Maria e Vinueza.

Em 56/57, o SC Farense venceu a Zona Sul da I Divisão B. Treinador? Artur Quaresma. A equipa? Ventura (ou Isaurindo); Reina e Lúcio (Ferreira); Fausto Matos, Ventura e Bento; Alfredo, Realito, Campos (o goleador, com 28 golos), Balela e Queimado, sem esquecer Walter Gralho, Brito e Barão. Na segunda fase, numa «liguilha» de seis equipas, ficou em 4.º lugar, falhando o assalto ao escalão máximo do desporto-rei, cenário que se repetiria no ano seguinte.

Isaurindo; Reina, Ventura e José Maria; Vieirinha e Bento; Brito, Balela, Remígio, Realito e Queimado conseguiram sete vitórias nas oito primeiras jornadas. Na memória ficou um dos melhores jogos desse tempo: 5-0 em casa ao Atlético, com dois golos de Tarro, um ponta-de-lança espanhol que marcou uma geração. Novamente o primeiro lugar, novamente sem subir de forma directa. Na segunda fase, um comportamento meritório levou o Farense ao 3.º lugar, mas o percurso poderia ter sido melhor, não fosse a lesão de Tarro.

Nos anos seguintes, o nível das classificações baixou, atingindo-se sempre lugares na primeira metade da tabela até 64/65, época em que desceu à III Divisão. Na III Divisão, onde esteve quatro épocas, o clube passou, nas primeiras fases, por um campeonato de âmbito regional, e nas segundas fases, nunca conseguiu a subida… até 1968/69. Nessa época, já sem fase distrital, o Farense passou a primeira fase e as eliminatórias posteriores, conseguindo subir ao segundo escalão apesar de ter perdido na final da prova, derrotado pelo União de Lamas.


In Região-Sul por Edgar Pires

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