O Instituto de Meteorologia acaba de admitir, em comunicado, a «hipótese» de o fenómeno costeiro esta quarta-feira observado no Algarve e Alentejo ter sido um tsunami meteorológico, tal como o barlavento.online noticiou esta tarde.
O IM salienta que o fenómeno «está a ser investigado» por este instituto, «colocando-se a hipótese, numa análise preliminar, de ser um tsunami meteorológico, cujas características se enquadram nas do fenómeno que se verificou».
Segundo o IM, no final do dia 6 de Julho, «o estado do tempo na região sul do continente foi condicionado por uma região depressionária na parte oeste da Península Ibérica que se estendia desde o norte de África e por uma depressão em altitude centrada entre a Madeira e Casablanca, com atividade convectiva no bordo nordeste, sobre o golfo de Cádiz».
A partir do final da tarde de terça-feira, acrescenta o IM, «desenvolveram-se nesta região células convectivas em deslocamento para norte caracterizadas por fortes correntes descendentes associadas a rajadas à superfície».
«Esta situação passou a atingir a costa sul do Algarve a partir das 21 horas locais (20 horas UTC), estendendo-se para norte até à região da grande Lisboa, durante a madrugada e princípio da manhã» de hoje, quarta-feira, dia 7.
O Instituto de Meteorologia acrescenta que, «durante este período, registaram-se variações bruscas da pressão atmosférica nas estações costeiras do Algarve».
Na noite do dia 6, salienta, em Faro, estas variações bruscas de pressão traduziram-se na «diminuição de 3.7 hPa [hectoPascal – unidade de medida do sistema internacional de pressão atmosférica] em 1h40 (entre as 21:00 e 22:40 UTC) e em Sagres a diminuição de 3 hPa em 10 minutos (entre as 21:40 e 21:50 UTC) e de 4.8 hPa em 40 minutos (entre as 22:20 e 23:00 UTC)».
O IM adianta ainda que «é igualmente de salientar, na manhã do dia 7, uma variação de 2.5 hPa em uma hora em Faro (entre 07:20 e 08:20 UTC)».
Em paralelo, «verificaram-se variações do nível médio do mar da ordem dos 30 cm, de acordo com as séries de observações maregráficas das estações de Lagos e de Huelva», o que, sublinha o IM, coincide «com alguns relatos efetuados pela população das regiões costeiras do Algarve e Alentejo».
De facto, tal como o barlavento.online avançou esta tarde, no caso do Algarve, o fenómeno foi observado esta manhã, entre as 8h30 e as 9h00, pelo menos em dois locais: no Rio Arade, em Silves, e ainda na Ria Formosa.
Ao que o barlavento.online apurou, há relatos de que um operador que estava a embarcar turistas no cais de Silves viu o seu barco ficar em seco de repente, depois das águas do rio terem baixado cerca de meio metro.
Na Ria Formosa, há o caso do barco que fazia a ligação entre Olhão e a Praia do Farol que terá ficado momentaneamente encalhado, quando a altura das águas baixou de forma muito rápida.
O Instituto de Meteorologia explica ainda que o tsunami meteorológico é um fenómeno gerado por perturbações atmosféricas.
As ondas associadas podem ser originadas por ondas gravíticas atmosféricas, passagens de frentes, linhas de borrasca, entre outros fenómenos atmosféricos.
«O tsunami meteorológico é caracterizado pelas mesmas escalas espaço-temporais das ondas associadas a um tsunami de origem sísmica, e podem de forma semelhante afetar zonas costeiras, sobretudo em águas pouco profundas, tais como, baías e portos, apresentando uma forte amplificação e propriedades de ressonância», esclarece o IM.
Estes tsunamis meteorológicos são mais frequentes em zonas do Mediterrâneo, por exemplo, como as Ilhas Baleares.
Em Portugal, por serem muito raros, os tsunamis meteorológicos não têm nenhum nome especial. Mas são conhecidos por rissaga (Catalunha), milghuba (Malta), marrobbio (Itália) ou abiki (Japão).
In Barlavento Online
O IM salienta que o fenómeno «está a ser investigado» por este instituto, «colocando-se a hipótese, numa análise preliminar, de ser um tsunami meteorológico, cujas características se enquadram nas do fenómeno que se verificou».
Segundo o IM, no final do dia 6 de Julho, «o estado do tempo na região sul do continente foi condicionado por uma região depressionária na parte oeste da Península Ibérica que se estendia desde o norte de África e por uma depressão em altitude centrada entre a Madeira e Casablanca, com atividade convectiva no bordo nordeste, sobre o golfo de Cádiz».
A partir do final da tarde de terça-feira, acrescenta o IM, «desenvolveram-se nesta região células convectivas em deslocamento para norte caracterizadas por fortes correntes descendentes associadas a rajadas à superfície».
«Esta situação passou a atingir a costa sul do Algarve a partir das 21 horas locais (20 horas UTC), estendendo-se para norte até à região da grande Lisboa, durante a madrugada e princípio da manhã» de hoje, quarta-feira, dia 7.
O Instituto de Meteorologia acrescenta que, «durante este período, registaram-se variações bruscas da pressão atmosférica nas estações costeiras do Algarve».
Na noite do dia 6, salienta, em Faro, estas variações bruscas de pressão traduziram-se na «diminuição de 3.7 hPa [hectoPascal – unidade de medida do sistema internacional de pressão atmosférica] em 1h40 (entre as 21:00 e 22:40 UTC) e em Sagres a diminuição de 3 hPa em 10 minutos (entre as 21:40 e 21:50 UTC) e de 4.8 hPa em 40 minutos (entre as 22:20 e 23:00 UTC)».
O IM adianta ainda que «é igualmente de salientar, na manhã do dia 7, uma variação de 2.5 hPa em uma hora em Faro (entre 07:20 e 08:20 UTC)».
Em paralelo, «verificaram-se variações do nível médio do mar da ordem dos 30 cm, de acordo com as séries de observações maregráficas das estações de Lagos e de Huelva», o que, sublinha o IM, coincide «com alguns relatos efetuados pela população das regiões costeiras do Algarve e Alentejo».
De facto, tal como o barlavento.online avançou esta tarde, no caso do Algarve, o fenómeno foi observado esta manhã, entre as 8h30 e as 9h00, pelo menos em dois locais: no Rio Arade, em Silves, e ainda na Ria Formosa.
Ao que o barlavento.online apurou, há relatos de que um operador que estava a embarcar turistas no cais de Silves viu o seu barco ficar em seco de repente, depois das águas do rio terem baixado cerca de meio metro.
Na Ria Formosa, há o caso do barco que fazia a ligação entre Olhão e a Praia do Farol que terá ficado momentaneamente encalhado, quando a altura das águas baixou de forma muito rápida.
O Instituto de Meteorologia explica ainda que o tsunami meteorológico é um fenómeno gerado por perturbações atmosféricas.
As ondas associadas podem ser originadas por ondas gravíticas atmosféricas, passagens de frentes, linhas de borrasca, entre outros fenómenos atmosféricos.
«O tsunami meteorológico é caracterizado pelas mesmas escalas espaço-temporais das ondas associadas a um tsunami de origem sísmica, e podem de forma semelhante afetar zonas costeiras, sobretudo em águas pouco profundas, tais como, baías e portos, apresentando uma forte amplificação e propriedades de ressonância», esclarece o IM.
Estes tsunamis meteorológicos são mais frequentes em zonas do Mediterrâneo, por exemplo, como as Ilhas Baleares.
Em Portugal, por serem muito raros, os tsunamis meteorológicos não têm nenhum nome especial. Mas são conhecidos por rissaga (Catalunha), milghuba (Malta), marrobbio (Itália) ou abiki (Japão).
In Barlavento Online
É preocupante o descontrolo cada vez mais evidente do sistema climatérico, o que pode pronunciar acontecimentos ainda mais devastadores em Portugal. A Madeira já este ano viveu o "seu pesadelo" e a verdade é que o homem tem degradado aos poucos este cantinho da Via Láctea que nos está destinado...
Depois de um dia muito quente, sempre na casa dos 35 graus, foi absolutamente estranho perceber pelas 20h que a humidade crescia cada vez mais no ar, a que se juntou um lampejo de trovoadas, uma delas ocorrida a poucas centenas de metros da minha casa... E estamos em pleno Verão.
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