Mário Rocha, pretenso comprador do Estádio do Farense, rejeita as acusações da Comissão de Venda e diz que quem falhou foi o clube.
“A mim disseram-me que era para comprar o Estádio de São Luís, mas depois só mandaram metade das certidões de teor!”, afirma Mário Carvalho Rocha, proprietário da Byte Eficaz, em entrevista ao Observatório do Algarve.
A empresa foi, aliás, a única a concorrer à compra do Estádio de São Luís, tendo oferecido 15 milhões de euros – segundo o próprio – pela aquisição dos terrenos, mas o sinal, que rondava os 700 mil euros, nunca apareceu. “Não apresentei o dinheiro, mas não havia problema nenhum de apresentar os 750 mil euros, só que não vou comprar com o Pingo Doce lá, isso era como casar com uma mulher já com o filho lá dentro!”, justifica o empresário, ligado ao sector da construção civil.
Para além disso, o empresário exigia ver fotocópias aprovadas do projecto, algo que o Clube disse ser impossível: “Não existe um projecto aprovado, existem sim estudos de viabilidade aprovados que é uma coisa totalmente diferente”, adianta Carlos Ataíde, da Comissão de Venda do Estádio de São Luís.
O pretenso comprador – ou intermediário -, Mário Rocha, chegou a ser presidente do União Sport Clube de Paredes, já teve negócios no Algarve, depois a firma trabalhou em Espanha e agora está no Norte.
“Conheço bem o Algarve, temos várias empresas do grupo ligadas ao sector do imobiliário e construção, mas nenhuma das pessoas envolvidas no negócio é algarvia”, adianta, escusando-se a revelar a existência ou não de algum grande grupo por detrás do negócio.
O Observatório do Algarve sabe, no entanto, que a sua empresa, a Byte Eficaz, sediada na Maia, tem o capital mínimo exigido por lei - 5 mil euros - e conta com apenas dois funcionários. A empresa, cujo objecto é a construção civil e obras públicas, bem como a compra e venda de bens imóveis, segundo a Portugal Telecom não tem sequer telefone atribuído e a morada do único sócio é idêntica à da empresa.
“Nós chegámos inclusive a ter uma reunião marcada, disponibilizámos tudo o que nos pediram, arranjámos uma garantia bancária para o sinal, mas o senhor dizia que aparecia e nunca apareceu”, contesta por seu turno Aníbal Guerreiro, presidente da Comissão de Venda. Aníbal – que afirma desconhecer pessoalmente o alegado comprador – relata inclusive que na segunda vez que um encontro esteve marcado, a Comissão recebeu um e-mail do interessado que avançava com a crise económica internacional como justificativa para o atraso na entrega do sinal. “Se não querem assumir responsabilidades, pelo menos estejam calados!”, desabafa.
“A mim disseram-me que era para comprar o Estádio de São Luís, mas depois só mandaram metade das certidões de teor!”, afirma Mário Carvalho Rocha, proprietário da Byte Eficaz, em entrevista ao Observatório do Algarve.
A empresa foi, aliás, a única a concorrer à compra do Estádio de São Luís, tendo oferecido 15 milhões de euros – segundo o próprio – pela aquisição dos terrenos, mas o sinal, que rondava os 700 mil euros, nunca apareceu. “Não apresentei o dinheiro, mas não havia problema nenhum de apresentar os 750 mil euros, só que não vou comprar com o Pingo Doce lá, isso era como casar com uma mulher já com o filho lá dentro!”, justifica o empresário, ligado ao sector da construção civil.
Para além disso, o empresário exigia ver fotocópias aprovadas do projecto, algo que o Clube disse ser impossível: “Não existe um projecto aprovado, existem sim estudos de viabilidade aprovados que é uma coisa totalmente diferente”, adianta Carlos Ataíde, da Comissão de Venda do Estádio de São Luís.
O pretenso comprador – ou intermediário -, Mário Rocha, chegou a ser presidente do União Sport Clube de Paredes, já teve negócios no Algarve, depois a firma trabalhou em Espanha e agora está no Norte.
“Conheço bem o Algarve, temos várias empresas do grupo ligadas ao sector do imobiliário e construção, mas nenhuma das pessoas envolvidas no negócio é algarvia”, adianta, escusando-se a revelar a existência ou não de algum grande grupo por detrás do negócio.
O Observatório do Algarve sabe, no entanto, que a sua empresa, a Byte Eficaz, sediada na Maia, tem o capital mínimo exigido por lei - 5 mil euros - e conta com apenas dois funcionários. A empresa, cujo objecto é a construção civil e obras públicas, bem como a compra e venda de bens imóveis, segundo a Portugal Telecom não tem sequer telefone atribuído e a morada do único sócio é idêntica à da empresa.
“Nós chegámos inclusive a ter uma reunião marcada, disponibilizámos tudo o que nos pediram, arranjámos uma garantia bancária para o sinal, mas o senhor dizia que aparecia e nunca apareceu”, contesta por seu turno Aníbal Guerreiro, presidente da Comissão de Venda. Aníbal – que afirma desconhecer pessoalmente o alegado comprador – relata inclusive que na segunda vez que um encontro esteve marcado, a Comissão recebeu um e-mail do interessado que avançava com a crise económica internacional como justificativa para o atraso na entrega do sinal. “Se não querem assumir responsabilidades, pelo menos estejam calados!”, desabafa.
Pingo amargo?
Quanto à questão da permanência do supermercado do grupo Jerónimo Martins, Carlos Ataíde refere que a situação estava bem clara no concurso: “O contrato com o Pingo Doce faz parte do Caderno de Encargos, o senhor pediu-nos para negociar com eles a saída e nós dissemos-lhe que isso não era das nossas competências”.
O Observatório sabe que o negócio com a Jerónimo Martins está assente pelo menos até 2013, e rende ao clube (e ao futuro proprietário) cerca de 20 mil euros mensais, ocupando perto de mil dos 5 mil metros quadrados destinados a espaços comerciais.
“Penso até que seria um bom negócio manter uma loja-âncora neste espaço, por duas razões”, afirma fonte ligada ao processo. “Uma porque, enquanto constroem, os promotores têm um rendimento fixo e outra porque assim têm capacidade de atrair outro comércio no espaço comercial”, garante.
Com ou sem Pingo Doce, Mário Rocha não afasta, no entanto, a hipótese de concorrer de novo ao Estádio de São Luís: “Mantenho o interesse na compra do terreno, desde que me forneçam os documentos”, diz, “mas com o Pingo Doce, nunca será por aquele preço”, afirma.
Só que a comissão já garantiu que o preço se vai manter intocável, até para permitir saldar todas as dívidas do clube. Se o empresário nortenho concorrer de novo...“Não há problema e podemos esquecer até a situação, mas no dia em que se abrirem as propostas, vai ter de existir um sinal, caso contrário os concorrentes serão excluídos”, afirma Aníbal Guerreiro. A comissão já disse que não desiste do seu principal objectivo: vender o Estádio, para resolver a crise do clube algarvio.
In Observatório do Algarve
Quanto à questão da permanência do supermercado do grupo Jerónimo Martins, Carlos Ataíde refere que a situação estava bem clara no concurso: “O contrato com o Pingo Doce faz parte do Caderno de Encargos, o senhor pediu-nos para negociar com eles a saída e nós dissemos-lhe que isso não era das nossas competências”.
O Observatório sabe que o negócio com a Jerónimo Martins está assente pelo menos até 2013, e rende ao clube (e ao futuro proprietário) cerca de 20 mil euros mensais, ocupando perto de mil dos 5 mil metros quadrados destinados a espaços comerciais.
“Penso até que seria um bom negócio manter uma loja-âncora neste espaço, por duas razões”, afirma fonte ligada ao processo. “Uma porque, enquanto constroem, os promotores têm um rendimento fixo e outra porque assim têm capacidade de atrair outro comércio no espaço comercial”, garante.
Com ou sem Pingo Doce, Mário Rocha não afasta, no entanto, a hipótese de concorrer de novo ao Estádio de São Luís: “Mantenho o interesse na compra do terreno, desde que me forneçam os documentos”, diz, “mas com o Pingo Doce, nunca será por aquele preço”, afirma.
Só que a comissão já garantiu que o preço se vai manter intocável, até para permitir saldar todas as dívidas do clube. Se o empresário nortenho concorrer de novo...“Não há problema e podemos esquecer até a situação, mas no dia em que se abrirem as propostas, vai ter de existir um sinal, caso contrário os concorrentes serão excluídos”, afirma Aníbal Guerreiro. A comissão já disse que não desiste do seu principal objectivo: vender o Estádio, para resolver a crise do clube algarvio.
In Observatório do Algarve
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