As últimas conferências de imprensa de Cristiano Ronaldo foram ricas em afirmações curiosas, sempre na mesma linha de pensamento, aludindo ao facto de que um dia o enguiço de CR7 seria quebrado e logo em dose industrial...
A verdade é que o senso comum dos adeptos nacionais, acreditavam mais na explosão de CR7, como catapultador de toda uma prestação lusa no Mundial 2010, do que na explosão de um conjunto de jogadores em fim de época, amarrados a um conceito de futebol pouco ambicioso para toda a gente, menos para o nosso Seleccionador Nacional. E o facto é que o menos provável aconteceu, com a Selecção Nacional a levar às costas Ronaldo para que este pudesse finalmente chegar ao golo tão desejado golo, muito às custas de exibições de jogadores como Tiago, Raúl Meireles ou Fábio Coentrão, todos eles figuras de expressão mediana em estatuto e dimensão internacional.
Ganhar por 7-0 numa fase final duma grande competição de selecções é uma situação tão anormal quanto meritória para quem a consegue, independentemente da conjuntura em que se obtém, mas daqui se podem tirar algumas lições para o futuro: Queiróz percebeu hoje que se tivesse optado por esta postura no primeiro jogo, Portugal teria mesmo vencido a Costa do Marfim, tendo em conta a exibição de ontem dos africanos, mas também o facto de se perceber que Portugal têm capacidade para causar estragos e assumir o jogo contra todos adversários ( à excepção digo eu, da Argentina e Brasil); Portugal apesar de tudo, demonstra muitas carências nas transições defensivas, proporcionando muitas vezes a hipótese de remates de longe aos jogadores coreanos, bem como algumas falhas de marcação comprometedoras, que felizmente não ditaram dissabores para as hostes nacionais; A gorda vantagem foi obtida graças a intensidade ofensiva nacional, mas numa fase em que a partir do 2-0 a equipa coreana, mecanizada para defender com muita gente, demonstrou o quão frágil é reduzida a menos unidades defensivas, demonstrando uma capacidade defensiva ao nível das equipas da Liga Vitalis...
Contudo, depois duma exibição deste nível, só podemos estar esperanças na campanha lusa, assim Queiróz opte agora por continuar a dar liberdade para que os jogadores joguem como gostam, dominadores, activos e irreverentes na procura do golo, amenizados que estão alguns tabus da Selecção. Partiremos para o jogo com o Brasil com uma margem de nove golos positivos e três pontos à maior a Costa do Marfim. Impensável será que não guardemos esta vantagem no final da poule de apuramento.
Depois disso tudo é possível, até porque a França e a Grécia estão com as calças na mão... Como dizia o Mochileiro, só faltava a explosão do ketchup, agora que nos aguentem...
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