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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Desaparecidos: Carlos Costa ficou no Farense para renascer nos distritais

Quando chegou ao Farense, em 1995, proveniente do Beira Mar, Carlos Costa estava longe de imaginar que ia nascer então uma forte ligação afectiva ao clube algarvio. Terminou a carreira de jogador com o fim do futebol sénior e iniciou-se como treinador com o seu «renascimento». Acabou por sair a semana passada, 13 anos depois de chegar.
O antigo médio, melhor do que ninguém, tira a radiografia à actual situação do clube, depositando esperanças no projecto imobiliário que está em vias de conclusão, como remédio para «estancar» a crise. «Para todos os efeitos, ainda continuamos em crise. Não há que esconder a realidade, porque, e apesar de quem está por dentro saber que o processo está em vias de ser resolvido, para todos os efeitos não o está ainda», acautela-se, apesar de o futuro ser visto com outros olhos: «A grande diferença do que se passava há poucos anos, é que o clube está com boas perspectivas de resolver os problemas financeiros, de limpar a cara perante todos, instituições públicas, ex-atletas, ex-funcionários, e conseguir dar uma nova imagem com condições para que num futuro a médio ou longo prazo volte a ser um clube respeitado no futebol português. E que participe nos campeonatos nacionais, nomeadamente na Liga.»
Instado a recordar os sentimentos vividos nos momentos mais delicados da vida do clube, Carlos Costa denuncia a impotência vivida dentro de campo para remar contra a maré. «São sentimentos complicados de descrever. Ouve-se muita gente falar, comentar, gente que admiro e que reconheço que têm amor pelo clube. Mas essas pessoas são muito diferentes de mim e de muitos colegas de equipa, da direcção e de funcionários que por cá passaram e de outros que ainda por cá continuam. É que nós vivemos e assistimos a muitos momentos muito bons do clube e depois participámos na derrocada. São sentimentos de grande frustração, por sabermos que, por muito que nos esforçássemos, seria impossível manter o clube como todos desejariam. Eram situações que não dependiam de nós. No entanto, também tenho a consciência de que dentro do campo sempre dignificámos a camisola. As coisas aconteceram como aconteceram, felizmente o clube está a tentar recuperar», concluiu.

In www.maisfutebol.iol.pt

(Continua..)

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