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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Farense, bolsos virados e papo-secos à entrada

(Cont.)

"Muitas estórias acompanharam o declínio do Farense, algumas protagonizadas pelos próprios jogadores, outras por adeptos de clubes vizinhos e rivais. Ficou célebre um treino no final dos anos noventa, em que os jogadores se apresentaram com os bolsos dos fatos de treinos de fora, em sinal de falta de dinheiro, devido aos ordenados em atraso.
Em 1997/98, Zezinho, algarvio de Vila Real de Santo António e primo de Paixão, lateral esquerdo do clube, reclamou numa entrevista a um jornal que mais valia trabalhar nas obras do que jogar no Farense, pois na construção civil recebia sempre.
A rivalidade entre Farense e Olhanense sempre existiu, inevitável entre os dois clubes mais representativos de duas cidades separadas por escassos oito quilómetros. A crise dos leões de Faro foi extremada pelos adeptos olhanenses, em 2003/04, em jogo da II divisão B. «Quando entraram em campo, atirámos papo-secos (carcaças) para eles comerem, mas não se devem ter safado porque eram duros», conta Carlos Freitas, membro da claque olhanense, que relembrou outro episódio desse jogo: «Dizia-se antes do jogo que o dinheiro da receita seria para eles pagarem o subsídio de Natal aos jogadores. Não acreditei, mas depois li declarações de dirigentes a dizer isso, o que me deixou satisfeito.»
O jogo do Farense, na temporada passada, frente à Safol Olhanense, popular clube de um bairro da cidade da restauração, gerou uma onda de entusiasmo que cativou cerca de duas mil pessoas na assistência. «Já posso morrer descansado, pois já vi o Farense jogar com a Safol e não ganhou», gracejava no final um conhecido adepto do Olhanense, satisfeito com o 2-2. "

Fonte: www.maisfutebol.iol.pt

Continua...

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