Crise não trava mini férias de Páscoa
Hotéis de quatro e cinco estrelas no Algarve, Lisboa e Madeira quase cheios e cruzeiros e viagens para Cabo Verde, Brasil e Caraíbas esgotadas. É o cenário para estas mini-férias da Páscoa, em que, segundo um inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal, as taxas de ocupação e as receitas da hotelaria devem subir, em média, 3%, a nível nacional, face a igual período de 2010.
«Temos os hotéis todos em Portugal a 100% nos dias 22, 23 e 24. Os portugueses representam 50% e dos estrangeiros o destaque vai para os espanhóis com 15%», detalha ao SOL o director de Marketing do Vila Galé, Gonçalo Rebelo de Almeida. Em 2010, a ocupação média nas unidades do grupo rondou os 85%. Também nos Tivoli, as taxas de ocupação «estão ligeiramente acima do ano passado», diz o CEO, Alexandre Solleiro, que espera «esgotar algumas unidades em Lisboa e no Algarve».
Já os grupos Porto Bay e Pestana destacam as subidas na Madeira. «A Páscoa já se apresenta com 96% de ocupação em todo o grupo», detalha António Trindade, CEO da Porto Bay. Com cinco unidades na Madeira, em Abril a ocupação subirá dos 72% de 2010, para os 88%, e na unidade algarvia cresce de 55% para 79%, recebendo sobretudo estrangeiros, uma vez que a Porto Bay trabalha com os principais operadores europeus.
«As regiões da Madeira, do Algarve e do Porto são as que apresentam performances mais positivas. Para os quatro dias da Páscoa já estamos com ocupações muito altas, perto dos 100%, em todos os nossos hotéis do Algarve», confirma fonte do grupo Pestana, aferindo uma «ligeira recuperação nas reservas» face a 2010.
O bom tempo, a retoma dos principais países emissores de turistas, a queda da procura pela Tunísia e Egipto e o fim-de-semana prolongado explicam os aumentos, segundo os hoteleiros ouvidos pelo SOL, que garantem não ter baixado preços nesta Páscoa.
Uma «procura ligeiramente acima da de 2010» é também registada nas agências de viagens da Top Atlântico, que ressalva, ainda assim, ter reduzido a oferta de pacotes turísticos para esta época. Já na Abreu, que admite estar a praticar preços «ligeiramente mais baixos», a procura está «praticamente em linha com o período homólogo».
Já os grupos Porto Bay e Pestana destacam as subidas na Madeira. «A Páscoa já se apresenta com 96% de ocupação em todo o grupo», detalha António Trindade, CEO da Porto Bay. Com cinco unidades na Madeira, em Abril a ocupação subirá dos 72% de 2010, para os 88%, e na unidade algarvia cresce de 55% para 79%, recebendo sobretudo estrangeiros, uma vez que a Porto Bay trabalha com os principais operadores europeus.
«As regiões da Madeira, do Algarve e do Porto são as que apresentam performances mais positivas. Para os quatro dias da Páscoa já estamos com ocupações muito altas, perto dos 100%, em todos os nossos hotéis do Algarve», confirma fonte do grupo Pestana, aferindo uma «ligeira recuperação nas reservas» face a 2010.
O bom tempo, a retoma dos principais países emissores de turistas, a queda da procura pela Tunísia e Egipto e o fim-de-semana prolongado explicam os aumentos, segundo os hoteleiros ouvidos pelo SOL, que garantem não ter baixado preços nesta Páscoa.
Uma «procura ligeiramente acima da de 2010» é também registada nas agências de viagens da Top Atlântico, que ressalva, ainda assim, ter reduzido a oferta de pacotes turísticos para esta época. Já na Abreu, que admite estar a praticar preços «ligeiramente mais baixos», a procura está «praticamente em linha com o período homólogo».
In Sol
Quando Portugal enfrenta provavelmente a maior crise económica do último século, parece um paradoxo perceber que agora como nunca, o mercado hoteleiro bate recordes em tempo de Páscoa, tanto no Algarve como noutras zonas do país, impulsionada essencialmente pelo mercado nacional.
Muitos dos que se podem dar ao luxo destas férias requintadas, são os mesmos que nos próximos meses enfrentarão muitos dos seus empregados e/ou subordinados em grandes grupos económicos nacionais, dizendo com a cara mais angelical, que dada a situação económica, não terão outra alternativa do que despedir pessoal para equilibrar as contas, fruto da quebra de consumo, mas salvaguardando os seus ordenados chorudos e os prémios de resultados ao fim do ano!
Por certo daqui a um ano o cenário repetir-se-á, mas com mais pessoas a passar mal em Portugal...
1 comentário:
Não é muito diferente de quem fazia vida a vender carros de grande cilindrada aos construtores civis.
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