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terça-feira, 5 de abril de 2011

Faro: Macário Correia critica Direção Geral do Orçamento


O autarca de Faro, Macário Correia, criticou hoje a Direção Geral do Orçamento (DGO) por esperar há cinco meses o despacho do plano de reequilíbrio financeiro para Faro, autarquia que do ponto de vista técnico está falida.


“Há cinco meses que entreguei o plano [de reequilíbrio] ao Ministério das Finanças e ao Ministério que tem a Administração Local na tutela. Da Administração Local está despachado desde a semana passada, depois de muitas diligências que foram sendo feitas, agora falta da DGO que entreguei há cinco meses e ainda não está despachado”, disse hoje Macário Correia, em entrevista à Lusa.


Em outubro de 2010, Macário Correia assumiu em entrevista à Lusa que era necessário e urgente um empréstimo na ordem dos 50 milhões de euros à banca para fazer o reequilíbrio financeiro a prazo da câmara e, a 11 de novembro, a Assembleia Municipal de Faro aprovou a proposta de plano de reequilíbrio financeiro da autarquia (PSD) e a consulta à banca para um pedido de empréstimo de 48 milhões de euros. Macário Correia assume que de “dia para dia as coisas complicam-se” e por isso afirma que hoje mesmo voltou a falar com a diretora da DGO, que está a tratar do assunto, para lhe pedir a resolução do assunto “com a maior urgência”.


Macário lamenta que o assunto ainda não tenha sido “desencalhado” e espera que ainda este mês tudo se resolva. “Eu espero que se resolva o mais depressa possível, porque um assunto que é urgente e que está há cinco meses em apreciação julgo que já devia estar despachado”, considerou Macário Correia, admitindo que o facto do Governo estar demissionário não pode atrasar ainda mais no processo. O plano de reequilíbrio terá de receber um despacho conjunto dos Ministérios das Finanças e da Administração Local e só depois é que se pode avançar para a consulta à banca, explicou Macário Correia.


Em novembro do ano passado, Macário Correia disse aos jornalistas em conferência de imprensa que esperava que em abril de 2011 já tivesse o empréstimo de 48 milhões de euros.


Nessa conferência de imprensa, o autarca admitia que “do ponto de vista técnico” a câmara estava “falida”. A Câmara de Faro ultrapassou o limite de endividamento em 2008 em mais de sete milhões de euros.

In Região Sul / LUSA



O estado da CMF parece uma cópia fiel do estado a que Portugal chegou, numa bancarrota eminente e na qual será necessária uma intervenção do exterior para reequilibrar as contas... Até as cores políticas predominantes nos últimos anos de gestão coincidem em ambos os casos, e embora a crise não se justifique só nessa vertente, o facto é que o mero contribuinte é que é principal prejudicado.


De Lisboa vêm-nos ao bolso insistentemente, agravando a instabilidade económica e por cá, andamos em estradas aos buracos, e vendo a cidade de Faro num marasmo de novidades urbanísticas...

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