A taxa de ocupação global média/quarto nas unidades de alojamento no Algarve situou-se nos 84,4 por cento em Julho, o que representa uma quebra de 3,5 pontos percentuais face a 2007.
Os dados da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) indicam que o volume de vendas total registou uma descida de 3,4 por cento relativamente ao período homólogo de 2007.
Por zonas geográficas, as maiores descidas verificaram-se em Faro/Olhão (-13,1 por cento), Lagos/Sagres (-6,9 por cento) e Vilamoura/Quarteira/Quinta do Lago (-5,9 por cento). A única subida a assinalar ocorreu na zona de Carvoeiro/Armação de Pêra (+3,7%).
A zona de Monte Gordo/Castro Marim foi a que apresentou a taxa de ocupação mais elevada, com 91,7 por cento, enquanto Faro/Olhão registou a taxa de ocupação mais baixa, com 55,1 por cento.
Por categorias, as principais descidas registaram-se nos hotéis e aparthotéis de 3 estrelas (-8,5 por cento), nos de 4 estrelas (-3,5 por cento) e nos de 5 estrelas (-3,2 por cento). A única subida a assinalar registou-se nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4 estrelas (+6,3 por cento).
Por nacionalidades, os britânicos representaram 36 por cento das dormidas totais no Algarve, seguidos dos portugueses com 19,5 por cento e dos holandeses, com 15,8 por cento.
Se a Crise é sentida um pouco em todo o lado, fruto do aumento do custo de vida e da estagnação dos vencimentos em Portugal mas também por esse mundo fora, há sítios onde a dita Crise se sente com mais intensidade. No que ao Algarve diz respeito, concretamente no Turismo, é na região Faro/Olhão que a queda na procura se sente com mais relevância, conforme se leu no texto. Face aos resultados, percebe-se que apesar do pouco dinheiro nas carteiras da classe média, a classe alta continua a visitar o Algarve e prefere cada vez mais os resorts, afastando-se em conseqência disso, dos hóteis. Ora, se na zona de Faro/Olhão, os hotéis de 4/5 estrelas não abundam, muito menos podemos encontrar grandes empreendimentos turísticos de vivendas e apartamemtos turísticos, o que explica esta quebra acentuada na ocupação de camas na zona da capital algarvia. Se por um lado, este números não são animadores, também se explicam pelo facto de na zona Faro/Olhão, o efeito Parque Natural da Ria Formosa "estancar" a construção massiva e nalguns casos pouco harmoniosa, dando se primazia (pelo menos até agora) à preservação do ecossistema. Um dilema que perdurará por alguns anos, até que de uma vez por todas, o betão se apodere dessas zonas protegidas... Aproveitemos então, enquanto é tempo.
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