O facto de não conseguir conciliar a tarefa de treinar o Farense com as duas escolas de futebol que dirige foi a principal razão apontada por Jorge Portela para justificar a demissão do comando técnico da equipa algarvia. “A decisão de sair foi tomada sexta-feira e não seria alterada com uma eventual vitória. Nunca serei nenhum obstáculo ou empecilho ao crescimento do Farense”, referiu, antes de tocar, com mais pormenor, nas causas que o levaram a tomar esta decisão. “Acertei o regresso com algumas condicionantes e vi que essas condicionantes não seriam possíveis. Como não vejo abertura da estrutura do Farense para conciliar esta missão com as duas escolas de futebol que dirijo, entendi que devia sair”, disse. Jorge Portela deixa entender, contudo, que faltou mais apoio, embora acrescente não estar a falar do director-desportivo, António Barão. “Sinto que à minha volta, desde que voltei, de certa forma não fui apoiado como devia. Mas friso que não estou a falar do director para o futebol.” O treinador deixou um recado para os adeptos, pedindo para controlar alguma euforia e exigência: “As pessoas não se iludam. Este campeonato é equilibrado e difícil. É preciso paciência – deixem a equipa crescer.” “Estarei sempre a torcer pelo Farense, pois sinto-me farense. Agradeço à claque, que me apoiou incondicionalmente – tomara que todos os sócios fossem como os da claque…”, concluiu Jorge Portela, que substituiu Carlos Costa no decorrer da última época, comandando os “leões” de Faro na subida aos escalões nacionais. Depois de um empate com o Campinense, na 1.ª jornada da Série F da III Divisão Nacional, seguiu-se a derrota (0-2) deste domingo, com o Torre de Moncorvo. O director-desportivo, António Barão, confirmou ao Região Sul a saída de Portela, revelando que será Pedro Benje a assumir o comando interino da equipa. “Vamos tentar arranjar técnico o mais rapidamente possível, mas ainda não tenho lista de nomes…”
In Região Sul
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