O centenário café Aliança, situado no coração de Faro e um dos mais antigos do país, corre o risco de desaparecer na sequência de uma ordem de despejo que pende sobre o arrendatário do espaço.
Caso o Tribunal de Faro avance com a execução do despejo, o nome “Aliança” pode igualmente desaparecer, já que é propriedade do actual inquilino, bem como todo o recheio, que inclui fotografias antigas da cidade e uma galeria de fotos dos famosos que por lá passaram.
A par d’A Brasileira, em Lisboa, e do Majestic no Porto, o Aliança é dos mais antigos cafés do país, palco noutros tempos de tertúlias de intelectuais e visitado por ilustres como Fernando Pessoa, Marguerite Yourcenar ou Simone de Beauvoir.
Na base da acção de despejo está uma queixa do senhorio devido ao alegado incumprimento no pagamento das rendas, mas o inquilino diz raramente ter-se atrasado e que os atrasos nunca foram além do dia 08 do mês em questão.
“O tribunal deu razão ao proprietário ao considerar que as rendas tinham que ser liquidadas até ao primeiro dia do mês”, desabafa Manuel Lopes, que assegura haver um acordo verbal que previa os pagamentos até ao dia 08.
A gerir o Aliança desde 2002, Manuel Lopes lamenta que a cidade possa vir a perder um local histórico como aquele, mas assegura que tentou negociar com os proprietários a compra do espaço.
“Fiz uma proposta de compra, mas não consegui atingir os valores pretendidos”, diz, acrescentando que mesmo a hipótese de venda do nome e recheio do Aliança foi rejeitada logo à partida pelos proprietários.
“O senhorio apenas me disse que tinha que tirar tudo daqui porque queria o espaço limpo”, observa, antevendo que talvez a intenção dos donos não seja manter o café, cuja designação é propriedade sua.
Perante a situação, o presidente do município de Faro, já notificou o senhorio, o inquilino e o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) para garantir a defesa do património do café.
“Independentemente de quem seja o proprietário, é importante manter a utilização do espaço como café, que está inserido numa área classificada e cujo património é de grande valor”, sublinhou José Apolinário à Agência Lusa.
O antigo e primeiro proprietário do edifício, José Pedro Silva, ordenou que depois da sua morte, fosse doada aos empregados a exploração do café Aliança - que acabariam depois por vender as quotas -, e a familiares o edifício histórico onde se insere.
Com o desaparecimento do Aliança está igualmente em causa o despedimento de quinze trabalhadores, lembra Manuel Lopes, que não coloca de parte fazer uma espécie de “mini-café” Aliança no espaço contíguo, embora as condições sejam limitadas.
O espaço do café Aliança está dividido em duas áreas - uma que corresponde ao espaço original do café e outra que integra um quiosque, cafetaria e Ciber-café -, sendo propriedade de diferentes senhorios.
“Estou à espera que a qualquer momento o tribunal execute a acção de despejo”, lamenta Manuel Lopes, que soube da ordem no final de Julho, o que já ditou o despedimento do chefe de sala que trabalhava com ele.
A agência Lusa tentou localizar o senhorio do café “Aliança” para obter um comentário sobre o caso, mas tal não foi possível até ao momento.
Caso o Tribunal de Faro avance com a execução do despejo, o nome “Aliança” pode igualmente desaparecer, já que é propriedade do actual inquilino, bem como todo o recheio, que inclui fotografias antigas da cidade e uma galeria de fotos dos famosos que por lá passaram.
A par d’A Brasileira, em Lisboa, e do Majestic no Porto, o Aliança é dos mais antigos cafés do país, palco noutros tempos de tertúlias de intelectuais e visitado por ilustres como Fernando Pessoa, Marguerite Yourcenar ou Simone de Beauvoir.
Na base da acção de despejo está uma queixa do senhorio devido ao alegado incumprimento no pagamento das rendas, mas o inquilino diz raramente ter-se atrasado e que os atrasos nunca foram além do dia 08 do mês em questão.
“O tribunal deu razão ao proprietário ao considerar que as rendas tinham que ser liquidadas até ao primeiro dia do mês”, desabafa Manuel Lopes, que assegura haver um acordo verbal que previa os pagamentos até ao dia 08.
A gerir o Aliança desde 2002, Manuel Lopes lamenta que a cidade possa vir a perder um local histórico como aquele, mas assegura que tentou negociar com os proprietários a compra do espaço.
“Fiz uma proposta de compra, mas não consegui atingir os valores pretendidos”, diz, acrescentando que mesmo a hipótese de venda do nome e recheio do Aliança foi rejeitada logo à partida pelos proprietários.
“O senhorio apenas me disse que tinha que tirar tudo daqui porque queria o espaço limpo”, observa, antevendo que talvez a intenção dos donos não seja manter o café, cuja designação é propriedade sua.
Perante a situação, o presidente do município de Faro, já notificou o senhorio, o inquilino e o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) para garantir a defesa do património do café.
“Independentemente de quem seja o proprietário, é importante manter a utilização do espaço como café, que está inserido numa área classificada e cujo património é de grande valor”, sublinhou José Apolinário à Agência Lusa.
O antigo e primeiro proprietário do edifício, José Pedro Silva, ordenou que depois da sua morte, fosse doada aos empregados a exploração do café Aliança - que acabariam depois por vender as quotas -, e a familiares o edifício histórico onde se insere.
Com o desaparecimento do Aliança está igualmente em causa o despedimento de quinze trabalhadores, lembra Manuel Lopes, que não coloca de parte fazer uma espécie de “mini-café” Aliança no espaço contíguo, embora as condições sejam limitadas.
O espaço do café Aliança está dividido em duas áreas - uma que corresponde ao espaço original do café e outra que integra um quiosque, cafetaria e Ciber-café -, sendo propriedade de diferentes senhorios.
“Estou à espera que a qualquer momento o tribunal execute a acção de despejo”, lamenta Manuel Lopes, que soube da ordem no final de Julho, o que já ditou o despedimento do chefe de sala que trabalhava com ele.
A agência Lusa tentou localizar o senhorio do café “Aliança” para obter um comentário sobre o caso, mas tal não foi possível até ao momento.
Não posso nem quero acreditar que uma das imagens de marca, parte da história da cidade, possa estar em risco de acabar. O edifício ficará mas as memórias revividas a cada dia que nos sentamos naquela esplanada não passarão disso mesmo... Não sei quem têm razão, só sei que mais uma vez Faro ficará a perder...
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