Com a tarefa muito dificultada no dia de hoje, Hirvonen cedo percebeu na estrada que mais valia guardar a segunda posição do que forçar o andamento para anular uma desvantagem 27 segundos. Se Loeb abria (e limpava) a estrada nas primeiras passagens de Loulé e S. Brás, Hirvonen e os demais concorrentes tiveram um grande handicap pois a inexistência de vento deixava um rasto de pó no ar que teimava em não dispersar, atrapalhando a visão dos pilotos, que assim viam as suas prestações condicionadas. Nem Sordo nem Solberg arriscaram e também mantiveram as suas posições, havendo contudo uma luta em perspectiva para o quinto lugar, entre Mathew Wilson e Henning Solberg, mas cedo o escocês levou vantagem que parecia já lhe garantir a quinto posto, mas, um acidente perto do final do penúltimo troço deitou por terra as aspirações do piloto. A sua viatura chegaria de reboque ao Estádio Algarve pouco depois das 15 horas, conforme pudémos constatar, enquanto Henning Solberg, nesse momento havia já vencido a SS do Estádio Algarve, como que num remake do havia feito no primeiro dia de prova. Com a desistência do russo Novikov no primeiro troço do dia, seria Mads Ostberg, que tripula um Subaru Impreza, a garantir o sexto posto, deixando as posições seguintes para Federico Villagra e Khalid Al Qassimi, ambos em Ford Focus WRC, que graças à sua regularidade e às enúmeras desistências foram trepando na classificação, ficando assim em lugares honrosos.
Contudo, a par de Loeb, os grandes vencedores do dia seriam Armindo Araújo e Vitor Pascoal. O primeiro tinha hoje a missão de gerir uma vantagem de mais de 2 minutos sobre o segundo classificado no PWRC, situação que executou da melhor forma, nunca correndo riscos e terminando no 9.º lugar da geral com menos 1.07 minutos sobre o 10º calssificado e segundo no PWRC, Martin Prokop. Quanto ao CPR, Ricardo Teodósio que ontem na parte de tarde, já demonstrava alguma perda de fulgor, vinha para hoje com uma pequena vantagem de 9,6 segundos sobre Vitor Pascoal, vantagem que não conseguiu guardar, muito por culpa de dois acidentes que o pararam em dois troços, não tendo por isso hipótese de alargar a vantagem e também porque na segunda passagem por Loulé, como consequência do acidente de Luca Griotti, este vinha com uma andamento lento, e Teodósio que havia partido imediatamente para a sua prova depois deste, acabou por levar com muito pó em cima, perdendo tempo e sendo ultrapassado por Pascoal na geral, situação que já não inverteu no Estádio Algarve, onde tinha de recuperar os 2,6 segundos em 2,2 km da extensão do circuito. Apesar disso, só se pode considerar excelente a sua participação, terminando este rally de 4 dias sem danos de maior na viatura, num excelente 15.º lugar absoluto, entre mais de setenta concorrentes, a maior parte com carros muito mais apetrechados do que o do algarvio.
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