Projecto é contestado porque o terreno escolhido coincide com um espaço onde foram identificados diversos achados arqueológicos.
Macário Correia quer criar 12 hortas urbanas em pleno centro de Faro, mas a oposição local considera a ideia um "absurdo" porque o terreno escolhido para promover a agricultura guarda vestígios arqueológicos como um "bairro" com construções que vão desde o período islâmico até ao século XVIII.
A ideia do líder da Câmara de Faro, eleito pelo PSD, é aproveitar a chamada Horta Misericórdia, na cidade velha, e transformá-la em 12 talhões de 40 metros quadrados cada um, que depois serão entregues a 12 candidatos.
Pretende-se assim fomentar a agricultura biológica e chamar a atenção para as questões ambientais nas cidades. Só que, segundo o PS, a proposta coloca em causa os achados arqueológicos.
A iniciativa de ter hortas no centro partiu do grupo Glocal Faro, um movimento de cidadãos. Se o projecto avançar conforme o que se projecta neste momento, os 12 talhões serão entregues pela autarquia em Janeiro do próximo ano. O problema, diz o PS num comunicado enviado às redacções, é que a localização das hortas coincide com o espaço onde a arqueóloga Teresa Gamito, em 1995, fez escavações e descobriu "um "bairro". Por isso, diz o líder local do PS, João Marques, para pôr em prática o projecto é "necessário tapar os achados com telas e isolamentos especiais e repor terras, trazendo custos elevados". O que, na sua opinião, é um "erro". Em 2009, a câmara fez o registo das existências com autorização e aprovação do Igespar.
Mais recentemente, o município elaborou um regulamento para as distribuições dos talhões pelos possíveis interessados. O terreno situa-se na Horta Misericórdia, junto ao Museu Municipal, na zona velha da cidade. Para o próximo fim-de-semana já está prevista a realização de um workshop para divulgar a agricultura biológica. Para o PS, a Horta Misericórdia, pelo seu valor cultural e localização, deveria tornar-se num "espaço visitável". E se o objectivo é promover a agricultura, o que a câmara deveria fazer era "encontrar uma solução para o projecto em solos agrícolas", frisa o PS, sugerindo que a câmara dispõe de terrenos dessa natureza com maior dimensão no Patacão.
O projecto da Horta Urbana de Faro insere-se na iniciativa Global Work Party, envolvendo cidadãos de 180 países que pretendem desta forma chamar a atenção para as alterações climáticas.
Em 2009, a câmara fez o registo das existências com autorização e aprovação do Igespar.
Macário Correia quer criar 12 hortas urbanas em pleno centro de Faro, mas a oposição local considera a ideia um "absurdo" porque o terreno escolhido para promover a agricultura guarda vestígios arqueológicos como um "bairro" com construções que vão desde o período islâmico até ao século XVIII.
A ideia do líder da Câmara de Faro, eleito pelo PSD, é aproveitar a chamada Horta Misericórdia, na cidade velha, e transformá-la em 12 talhões de 40 metros quadrados cada um, que depois serão entregues a 12 candidatos.
Pretende-se assim fomentar a agricultura biológica e chamar a atenção para as questões ambientais nas cidades. Só que, segundo o PS, a proposta coloca em causa os achados arqueológicos.
A iniciativa de ter hortas no centro partiu do grupo Glocal Faro, um movimento de cidadãos. Se o projecto avançar conforme o que se projecta neste momento, os 12 talhões serão entregues pela autarquia em Janeiro do próximo ano. O problema, diz o PS num comunicado enviado às redacções, é que a localização das hortas coincide com o espaço onde a arqueóloga Teresa Gamito, em 1995, fez escavações e descobriu "um "bairro". Por isso, diz o líder local do PS, João Marques, para pôr em prática o projecto é "necessário tapar os achados com telas e isolamentos especiais e repor terras, trazendo custos elevados". O que, na sua opinião, é um "erro". Em 2009, a câmara fez o registo das existências com autorização e aprovação do Igespar.
Mais recentemente, o município elaborou um regulamento para as distribuições dos talhões pelos possíveis interessados. O terreno situa-se na Horta Misericórdia, junto ao Museu Municipal, na zona velha da cidade. Para o próximo fim-de-semana já está prevista a realização de um workshop para divulgar a agricultura biológica. Para o PS, a Horta Misericórdia, pelo seu valor cultural e localização, deveria tornar-se num "espaço visitável". E se o objectivo é promover a agricultura, o que a câmara deveria fazer era "encontrar uma solução para o projecto em solos agrícolas", frisa o PS, sugerindo que a câmara dispõe de terrenos dessa natureza com maior dimensão no Patacão.
O projecto da Horta Urbana de Faro insere-se na iniciativa Global Work Party, envolvendo cidadãos de 180 países que pretendem desta forma chamar a atenção para as alterações climáticas.
Em 2009, a câmara fez o registo das existências com autorização e aprovação do Igespar.
Por Idálio Revés no Público
Neste caso concreto, não poderia estar mais de acordo com a posição do vereador João Marques. Parece despropositada e infeliz a escolha do local para a criação de 12 talhões reservados ao cultivo biológico. Com tanto baldio perdido por essa cidade, com prédios em ruínas a ameaçar derrocada, mais valia,se fosse intenção da Câmara inserir esses talhões dentro da cidade, aproveitar esses espaços mortos, em vez de atentar contra um património de riqueza histórica inquestionável, e que deveria, como se lê no artigo, ser visitável, para que mais pessoas pudessem comprovar a história desta lendária localidade... Assim não, eng. Macário!
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