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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ACT não detectou ilegalidade nos despedimentos na Groundforce


Empresa de handling vai despedir os mais de 300 trabalhadores da operação do aeroporto de Faro.

Fonte da Autoridade das Condições de Trabalho (ACT) disse à Renascença que aquela entidade ainda não encontrou qualquer ilegalidade no processo de despedimento colectivo que está a ser levado a cabo na Groundforce.

A mesma fonte garante que a autoridade que inspecciona o cumprimento das leis laborais já reuniu com os sindicatos dos trabalhadores do handling e com a administração da Groundforce, e não verificou, até ao momento, qualquer ilegalidade neste processo de despedimento colectivo.

Ao final da tarde, a própria Groundforce emitiu um comunicado em que também diz não ter praticado nenhuma ilegalidade.

A administração da empresa diz que informou a comissão de trabalhadores da sua decisão em acabar com a escala de Faro e que só depois é que vai receber individualmente todos os trabalhadores abrangidos pelo despedimento colectivo.

Só nessa altura haverá negociações individuais, sendo que, até lá, nenhum trabalhador está despedido, garante a empresa.


O administrador delegado da Groundforce, Fernando Melo, afirmou ontem que a maior prestadora de serviços de assistência de transportes em terra nos aeroportos portugueses vai suspender a sua operação no aeroporto de Faro e dispensar os 336 trabalhadores.

"A suspensão da operação da Groundforce no aeroporto de Faro visa reduzir os prejuízos da empresa, condição que é indispensável à viabilização do seu futuro e dos restantes dois mil postos de trabalho", disse o responsável numa conferência de imprensa, em Lisboa.
In RR


Evidentemente que do ponto de vista das leias laborais não existirá, pelo menos por agora, qualquer ilegalidade, visto que todos os funcionários foram avisados do inicio do processo de despedimento colectivo, seguindo-se agora o processo negocial. Contudo não creio ser digno para um trabalhador que durante 20 anos deu muito da sua vida à causa receber esta notícia por email, um subterfúgio cada vez mais usado por quem não têm coragem e consideração para enfrentar as consequências duma medida tão fria e na maior parte das vezes injusta. Pelo que leio, a média salarial era muito acima da média nacional e terá sido este, em virtude da perda de clientes da GroundForce, uma das principais razões apontadas pela Direcção para tomar a medida... Em todo o caso, as chefias deveriam ter ao longo do processo redimensionando a extrutura da empresa, minimizando as perdas e desta forma preservando postos de trabalho, por forma a tapar um pouco dos buracos financeiros da empresa no Brasil...

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