O Teatro Municipal de Faro (TMF) está a trabalhar com a equipa nos mínimos e vai receber apenas 200 mil euros para programar espetáculos em 2011, menos 52 por cento do que 2005, ano da "Faro, Capital Nacional da Cultura".
Em entrevista à Agência Lusa no âmbito do orçamento e programação do TMF para 2011, a administradora executiva daquela instituição cultural, Anabela Afonso, admitiu que o teatro está a trabalhar nos mínimos e adiantou que está previsto a Câmara de Faro dar um total de "700 mil euros" para o ano de 2011 e, dessa verba, uma fatia de "200 mil euros para programação", um valor que admite ser baixo.
"Este teatro viveu um ano bem, mas quando a Capital Nacional da Cultura se vai embora - em 2005 - e quando começam os problemas financeiros do município, começa-se logo a cortar na equipa em cada ano que passava e, atualmente, está nos mínimos", disse Anabela Afonso.
Segundo aquela responsável há apenas uma pessoa por área, sendo no total cerca de 20 funcionários.
"Uma pessoa para a produção, uma pessoa para a programação, uma pessoa na direção técnica, uma pessoa para marketing e comunicação, uma pessoa na bilheteira, uma pessoa na receção, uma pessoa no serviço educativo. Levamos o princípio da polivalência ao seu expoente máximo", desabafa.
Sobre a quantia destinada à programação, Anabela Afonso admite que a verba é reduzida, principalmente se comparada com o ano de inauguração, em que receberam um milhão e 300 mil euros.
"Em termos de orçamento, vamos ter cerca de 200 mil euros, o que não é muito para uma estrutura como o Teatro Municipal, considerando que também está aí a verba para programar o Teatro Lethes", adiantou Anabela Afonso.
O teatro vai, todavia, fazer um esforço para arrecadar outros financiamentos para além dos do município, seja com as receitas da bilheteira, seja alugando a sala para eventos ou através de mecenato, explicou a administradora executiva.
"Com esse esforço [bilheteira, aluguer e mecenato], prevemos em termos de orçamento global para 2011, e com os 700 mil euros totais do município, chegar à volta dos 900 mil euros", afirmou, reiterando que o ideal para fazer programação de forma "mais confortável" era ter um milhão de euros.
Este ano, o TMF, inicialmente batizado de Teatro das Figuras, teve 310 mil euros de orçamento total, um valor menor, porque ao longo do ano "houve um esforço para transferir verba e cobrir prejuízos acumulados de anos anteriores", explicou Anabela Afonso.
Do orçamento total de 2010, cerca de 400 mil euros serviram para cobrir alguns dos prejuízos acumulados.
A filosofia da programação do teatro é apostar "na qualidade, regular idade e diversificação", garantindo a fidelização e formação de públicos, explica a empresa Teatro Municipal de Faro, E.M, no seu sítio da Internet.
Além de se debater por uma programação regular de qualidade, os objetivos desta empresa pública são também "desenvolver parcerias de trabalho com agentes culturais, associações e organismos sedeados na região" e "contribuir para a construção de uma Rede Nacional de Teatros".
In Observatório do Algarve
Em entrevista à Agência Lusa no âmbito do orçamento e programação do TMF para 2011, a administradora executiva daquela instituição cultural, Anabela Afonso, admitiu que o teatro está a trabalhar nos mínimos e adiantou que está previsto a Câmara de Faro dar um total de "700 mil euros" para o ano de 2011 e, dessa verba, uma fatia de "200 mil euros para programação", um valor que admite ser baixo.
"Este teatro viveu um ano bem, mas quando a Capital Nacional da Cultura se vai embora - em 2005 - e quando começam os problemas financeiros do município, começa-se logo a cortar na equipa em cada ano que passava e, atualmente, está nos mínimos", disse Anabela Afonso.
Segundo aquela responsável há apenas uma pessoa por área, sendo no total cerca de 20 funcionários.
"Uma pessoa para a produção, uma pessoa para a programação, uma pessoa na direção técnica, uma pessoa para marketing e comunicação, uma pessoa na bilheteira, uma pessoa na receção, uma pessoa no serviço educativo. Levamos o princípio da polivalência ao seu expoente máximo", desabafa.
Sobre a quantia destinada à programação, Anabela Afonso admite que a verba é reduzida, principalmente se comparada com o ano de inauguração, em que receberam um milhão e 300 mil euros.
"Em termos de orçamento, vamos ter cerca de 200 mil euros, o que não é muito para uma estrutura como o Teatro Municipal, considerando que também está aí a verba para programar o Teatro Lethes", adiantou Anabela Afonso.
O teatro vai, todavia, fazer um esforço para arrecadar outros financiamentos para além dos do município, seja com as receitas da bilheteira, seja alugando a sala para eventos ou através de mecenato, explicou a administradora executiva.
"Com esse esforço [bilheteira, aluguer e mecenato], prevemos em termos de orçamento global para 2011, e com os 700 mil euros totais do município, chegar à volta dos 900 mil euros", afirmou, reiterando que o ideal para fazer programação de forma "mais confortável" era ter um milhão de euros.
Este ano, o TMF, inicialmente batizado de Teatro das Figuras, teve 310 mil euros de orçamento total, um valor menor, porque ao longo do ano "houve um esforço para transferir verba e cobrir prejuízos acumulados de anos anteriores", explicou Anabela Afonso.
Do orçamento total de 2010, cerca de 400 mil euros serviram para cobrir alguns dos prejuízos acumulados.
A filosofia da programação do teatro é apostar "na qualidade, regular idade e diversificação", garantindo a fidelização e formação de públicos, explica a empresa Teatro Municipal de Faro, E.M, no seu sítio da Internet.
Além de se debater por uma programação regular de qualidade, os objetivos desta empresa pública são também "desenvolver parcerias de trabalho com agentes culturais, associações e organismos sedeados na região" e "contribuir para a construção de uma Rede Nacional de Teatros".
In Observatório do Algarve
Entende-se que esta empresa municipal não poderia ficar indiferente aos cortes naturais duma empresa-mãe falida, a Câmara Municipal de Faro, no seu funcionamento... O que não se percebe é como se poderá continuar a apregoar aos quatro ventos que Faro é uma cidade de Cultura, quando a sua sala de eleição (uma das melhores do país) não têm capacidade para trazer grandes nomes da arte e espectáculo, nem os projectos do museu de arte contemporânea estão em marcha...
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