Estou preocupado com o meu Farense... Muitos dirão que sou pessimista, que tenho que ser positivo, mas a razão obriga-me a escrever um pouco sobre o momento do emblema de Faro, no campo desportivo, porque do resto pouco se sabe quanto ao futuro...
Desportivamente o Farense ganhou apenas um dos sete jogos do campeonato, marcando na prova três golos, apenas dois de bola corrida, o que traduz uma má produtividade atacante. Em contraste a defesa algarvia mostra uma consistência razoável, tendo em conta os objectivos dos responsáveis farenses, com seis golos sofridos e uma média inferior a um golo sofrido por jogo. Confesso que a nível oficial poucos jogos vi da equipa este ano, mas de acordo com o observado e também tendo em conta os relatos de amigos e da imprensa, constato que o Farense é uma equipa com incapacidade praticar um futebol alegre, resumindo as suas iniciativas atacantes aos "fogachos" de dois ou três jogadores na frente, e demonstrando dificuldades em circular a bola com imaginação e acutilância no último terço do terreno. A consistência defensiva tem sido o abono da equipa com uma dupla de centrais muito equilibrada, sem esquecer o jovem Calado que têm mostrado capacidades para poder ser uma opção fiável, sem esquecer o eterno Caniggia, o adpatado Joshua e o guardião Serrão, que é de facto um guarda redes acima da média nesta divisão.
Alguns me dirão que a equipa é limitada, e eu concordarei que assim é, mas que me lembre apenas nos lamentamos das perdas de Juan Pablo e Celestino, não se explicando desta forma a tão fraca produtividade ofensiva da equipa. O facto é que as lesões não tem ajudado, mas acima de tudo a indisciplina têm prejudicada a equipa neste inicio de época, e não se explicando esse facto, por si só com a hostilidade das equipas de arbitragem.
O Farense está neste momento a três pontos do duo dos quintos classificados, embora isso não sirva de consolo pois a equipa de Faro têm mantido ciclicamente essa distância demonstrando incapacidade de anular a diferença ao longo das jornadas, onde inclusivé, só por uma vez esteve na metade superior da tabela, oscilando entre os lugares de despromoção e o décimo segundo lugar nas restantes jornadas.
Ontem, no campo do Praiense, o último classificado com apenas dois pontos o Farense não demonstrou superioridade, e acabou por sair de lá com um ponto, o que acaba por não ser grave, mas que de certa forma, pela maneira como foi incapaz de violar as redes da equipa mais débil da prova, acaba por me preocupar e fazer antever uma continuação de campeonato algo conturbada.
Espera-se uma reacção forte dos Leões de Faro já este fim de semana, por forma a inverter esse cenário que se desenha, caso contrário acredito que António Barão tomará decisões no intuito de melhorar a situação da equipa, como já o fez no passado, embora em circunstâncias mais favoráveis.
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