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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Greve geral paralisa Algarve


A greve geral afetou vários setores, como transportes, tribunais, autarquias, administração pública, escolas e Universidade. Veja aqui todos os números e setores que aderiram à greve na região, actualizados ao longo do dia.



Actualização às 17h30

O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) disse em comunicado enviado às redações que “os objetivos foram atingidos”, com 90% cento de adesão na Universidade do Algarve.

A nível nacional, as taxas de adesão oscilaram entre os 95%, numa escola do Instituto Politécnico de Lisboa, os 90% da Ualg, da “maior parte das faculdades” da Universidade de Lisboa e “alguns departamentos” da Universidade da Beira Interior e os 40% por cento, na Universidade de Coimbra. O SNESup dá ainda conta de “uma greve com adesão significativa entre os funcionários não docentes” e da “não comparência de alunos”.


Atualização às 14h41

Últimos números da greve geral no Algarve:

Escolas sem aulas

No concelho de Faro estão sem aulas as escolas: EB 2/3 Neves Júnior; EB 2/3 Joaquim Magalhães; EB1 S. Luís; EB 2/3 Sto. António; EB1 Penha; EB 2/3 D. Afonso III; EB1 Carmo; Sec. João de Deus; EB 2/3 Montenegro; JI/EB1 Montenegro; EB1 Montenegro; EB1 Pontes de Marchil; EB1 Patacão; EB1 Ancão; e EB2/3 Estói.

Em Olhão, os estabelecimentos de ensino encerrados são: EB 2/3 Carlos da Maia; 2/3 Paula Nogueira; EB1 nº 4; EB 2/3 Alberto Iria; EB 2/3 João da Rosa; EB1 Cavalinha; BI/JI nº 6; EB 2/3 Moncarapacho; e Sec. Olhão.

Em Monchique, estão sem aulas: EB1 nº1; EB1 nº2; e JI Monchique.

Em Vila do Bispo foi afetada a EB2/3 Vila Bispo e em Loulé não houve aulas na EB2/3 Padre Cabanita e Sec. Loulé.

Em Albufeira as escolas sem aulas são: EB2/3 Paderne; EB/Sec. Albufeira; e Sec. Albufeira.

Ficaram ainda sem aulas a EB 2/3 Silves, em Silves; a Sec. Lagoa e a EB 2/3 Parchal, em Lagoa; a Sec. De Vila Real de Santo António, em Vila Real de Santo António; a Sec. Lagos, em Lagos; a Sec. Laura Ayres e a EB 2/3 S. Pedro do Mar, em Quarteira; a Sec. Manuel Teixeira Gomes e EB 2/3 Júdice Fialho, em Portimão.

Autarquias locais

A greve afetou ainda vários serviços das autarquias locais. Na câmara de Albufeira, os dados da União de Sindicatos indicam que os estaleiros estão 80 por cento em greve; dos oito eletricistas apenas dois estão a trabalhar; o setor do lixo está com 85 por cento de greve; a secção de pessoal está fechada; a secção de contabilidade apenas tem quatro, de 18 funcionários, ao serviço; o atendimento ao público está encerrado; a tesouraria está encerrada; as escolas estão encerradas; a biblioteca está fechada; a secção de educação está fechada; o gabinete de presidência e vereação também está encerrado.

Na autarquia de Aljezur o cenário é o seguinte: escola encerrada; lixo com 70 por cento de greve; edifício da Câmara Municipal encerrado; armazéns encerrados, jardim de infância tem uma de três salas a funcionar; cantoneiros de limpeza (varredores) 100 por cento de adesão à greve; cantina fechada; secção de obras adesão de 80 por cento.

No município de Alcoutim regista-se 80 por cento de adesão à greve e as escolas estão fechadas.

Na autarquia de Faro a adesão foi de 20 por cento e o setor de fiscalização está encerrado. No que respeita à empresa municipal FAGAR, o edifício regista 20 por cento de adesão; contadores e canalizadores 50 por cento de adesão; secção de pintura 60 por cento de adesão; carpintaria 50 por cento de adesão; jardins 10 por cento de adesão.


A Câmara de Lagoa, tem os armazéns fechados; no edifícios da autarquia há 30 por cento de adesão; nos jardins 50 por cento; as piscinas estão encerradas; armazéns de logística fechados; secção de águas 4 trabalhadores em greve, num total de 10; pavilhão desportivo fechado; limpeza e saneamento 100 por cento de greve; parque de viaturas 100 por cento de greve.

No município de Loulé a adesão é de 100 por cento nas secções de lixo; tesouraria; águas; eletricidade; contabilidade; e obras. No mesmo concelho há uma adesão de 50 por cento nas secções de carpintaria e no edifício da Câmara Municipal.

Na câmara de Monchique há 100 por cento de adesão à greve geral nos armazéns e na recolha do lixo; 90 por cento no edifício da autarquia; e 80 por cento nas escolas.

Quanto ao município de Olhão, os dados da USAL indicam uma adesão de 100 por cento na recolha do lixo noite e na secção de obras; 80 por cento na secção de trânsito; 75 por cento no saneamento; e 50 por cento na recolha de lixo dia.

Na autarquia de Portimão, os armazéns aderiram a 100 por cento, a secção de fiscalização está fechada e o edifício camarário conta com 40 por cento dos funcionários em greve.

Quanto à câmara de Silves, a secção de recursos humanos regista 98 por cento de adesão à greve, as secções de carpintaria e de eletricidade e pintura aderiram a 100 por cento; a secção de expediente 99 por cento; a DGU 97 por cento; a secção de águas 90 por cento e a secção de cultura 50 por cento.

No município de Tavira estão fechadas as secções de pessoal e de taxas e licenças; a adesão é também de 100 por cento na secção de desporto e nos motoristas; os armazéns registam 98 por cento de adesão e o edifício da autarquia 80 por cento.

A câmara de Vila do Bispo regista uma adesão no concelho é de 30 por cento.

No município de Vila Real de Santo António estão fechadas as oficinas, as escolas e 99 por cento da Solvia, secção de limpeza autárquica, está em greve.

No que respeita aos Bombeiros, os Municipais de Tavira e os Voluntários de Vila do Bispo estão a cumprir serviços mínimos.

Nas juntas de freguesia do distrito de Faro estão encerradas: Albufeira; Paderne; Alte; Porches; Santa Luzia; Pereiro; Aljezur; Odeleite; Carvoeiro; São Pedro; Lagoa; Barão de S. João; Santa Bárbara de Nexe; Bensafrim; São Sebastião; Santa Maria de Lagos; Odiáxere; Benafim; São Clemente; Quarteira; Mexilhoeira Grande; Alcantarilha; Portimão; Silves; Cabanas de Tavira; Santo Estêvão; Santa Maria de Tavira; Barão de São Miguel; Monte Gordo; e Vila Nova de Cacela.

No setor de enfermagem a adesão à greve é, no turno da manhã, de 83 por cento no Hospital de Faro (não se realizaram 80 por cento das consultas externas cirurgias só de urgência); 93 por cento no Hospital de Portimão; 93 por cento no Hospital de Lagos; e no Instituto da Droga e da toxicodependência a adesão foi de 100 por cento no turno da noite e de 46 por cento no turno da manhã.

Nos organismos da administração pública, a USAL indica que estão encerrados o IPJ, os Bares do Serviço de Ação Social da Universidade do Algarve e o Instituto Geográfico/Cadastral, este último com uma adesão de 90 por cento, No Centro Distrital de Segurança Social a adesão é de 80 por cento.

Os serviços de Segurança Social estão ainda encerrados Olhão e Loulé.


Actualização às 13h00

A Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública anunciou, em comunicado, que a adesão à greve geral está a ser "significativa" na administração pública central. Em Faro, "todas as escolas da cidade estão encerradas", assim como as escolas de Vila Real de Santo António e de Olhão, refere a nota.

Por sua vez e também em comunicado enviado às redações, o sindicato dos funcionários judiciais avança que a adesão à greve geral foi de 100 por cento em tribunais como Olhão e Faro.

O sindicato, segundo o seu presidente, Fernando Jorge, continua a atualizar os dados "embora com previsível dificuldade, atendendo ao elevado número de tribunais no país - cerca de 400 - e à dificuldade de contacto telefónico até porque a maioria dos telefonistas estão em greve". A nível nacional a adesão é entre os 85 e os 90 por cento.

Actualização às 12h21

De acordo com dados da União de Sindicatos do Algarve, 45 escolas da região não abriram hoje portas devido à greve geral.

No Hospital de Faro 80 por cento das consultas externas foram canceladas e a unidade hospitalar apenas está a efectuar cirurgias de emergência.

Loulé, Olhão e Lagos sem recolha de lixo

Os primeiros sinais da greve chegaram cerca das 22h00 de dia 23, com a União de Sindicatos a anunciar que não houve recolha de lixo no concelho de Loulé, com os trabalhadores que iniciavam o turno às 20h30 a aderirem totalmente à greve.

O mesmo exemplo foi seguido pelos trabalhadores do turno das 22h30, em Olhão, e pelos das 00h00, em Lagos.

Aeroporto de Faro sem voos

O Aeroporto de Faro não tem, até ao momento, voos a operar devido à forte adesão à greve por parte dos trabalhadores do Aeroporto de Faro.

De acordo com a União de Sindicatos do Algarve (USAL), algumas companhias estão a optar por embarcar os passageiros a partir do Aeroporto de Sevilha.

Enfermeiros paralisam

Os enfermeiros aderiram em massa à greve geral, com uma paralisação de 100 por cento no Hospital de Lagos, 93 por cento no Hospital de Faro e 81 por cento no Centro Hospital do Barlavento Algarvio, segundo a USAL.

Portos e barras encerrados

Adesão em massa foi também a dos trabalhadores portuários do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), os pilotos da barra e os controladores de tráfego marítimo, o que levou ao encerramento de todas as barras e portos do Algarve.

De Sagres a Vila Real de Santo António, estão afetadas todas as atividades e operações portuárias com os navios mercantes, de comércio, cruzeiros, pescas e recreio e nos estaleiros.

No Porto de Portimão um navio de cruzeiros, o "Saga Pearl II", com 446 passageiros e 252 tripulantes a bordo, cancelou a escala e desviou a rota para o Porto de Sevilha.

No Porto de Faro, um navio mercante que esperava atracação para carregar 2.200 toneladas de alfarroba, com destino ao Reino Unido, ficou ao largo.

Trabalhadores da pesca deixaram as embarcações de pesca amarradas ao cais, protesto a que se juntaram os trabalhadores da Docapesca e dos estaleiros, anunciou a USAL.

Em Olhão, a frota de pesca da sardinha do Porto de Olhão, constituída por 10 embarcações, não saiu para o mar.

Supermercado de Tavira abre com dois funcionários

No supermercado Lidl, em Tavira, os trabalhadores aderiram em massa. O espaço comercial abriu com dois chefes, um a repor a fruta e outro à caixa.

A centrais sindicais CGTP e a UGT convocaram para hoje uma greve geral conjunta contra as medidas de austeridade, anunciadas pelo Governo em setembro, com as quais pretendem consolidar as contas públicas, entre as quais os cortes de salários nos trabalhadores do Estado, o congelamento das pensões em 2011 e o aumento em dois pontos percentuais do IVA.

Esta é a segunda greve geral marcada pelas duas centrais. A primeira realizou-se há 22 anos contra o pacote laboral, proposto pelo então primeiro ministro Cavaco Silva.


In Observatório do Algarve


É impressão minha ou na Câmara Municipal de Faro, o espectro de crise e dispensas anunciadas à muito pelo Executivo, inibiu muitas das pessoas de fazer greve, assim se explicando das mais baixas taxas de adesão nas Câmaras Municipais do Algarve...??

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