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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

«Allgarve Nations» é a nova etapa do programa de animação para 2011


Allgarve passa a chamar-se Allgarve Nations e em 2011 destinatários principais vão ser os ingleses, o principal mercado emissor para a região.

A edição do Allgarve 2011 vai manter o mesmo tipo de investimento, mas no conceito de base estará sobretudo a ligação ao mercado britânico, como explicou hoje o coordenador do programa, Augusto Miranda: "O Algarve Nations em 2011 vai reunir actores da cultura no Reino Unido e também portugueses", disse, durante o balanço da iniciativa Allgarve 2010. "Por exemplo, ao nível da música clássica, vamos celebrar o Andrew Lloyd Webber, uma vez que a cantora lírica Sofia Escobar foi seleccionada para o “Fantasma da Ópera” e irá actuar com um tenor inglês, cá”, afirmou.

Em 2010, o investimento global foi de cerca de 4,5 milhões de euros, dos quais 2,5 financiados pelo Turismo de Portugal, 400 mil euros da Entidade Regional de Turismo do Algarve, outro tanto da Associação de Turismo do Algarve e 240 mil euros de entidades privadas. Os municípios contribuiram para o ‘bolo’ da programação com 1,1 milhões de euros.

“Nos últimos anos, nós duplicámos os eventos, duplicámos as parcerias e duplicámos os meses em que o programa Allgarve se estende. É verdade que estamos num país democrático e cada um pode exprimir a sua opinião pessoal, mas o Allgarve é hoje o pulsar de uma região”, afirma por seu turno Bernardo Trindade, Secretário de Estado do Turismo, numa alusão indirecta às críticas dos opositores ao investimento no programa (um deles é o presidente da AHETA, Elidérico Viegas).

“Nós vivemos num tempo em que estamos centrados muito nos aspectos negativos, e o Allgarve permite melhorar essa visão e superar desafios a breve prazo”, conclui o secretário de Estado.

Como exemplo, foi mostrado um estudo elaborado a partir da rede social Facebook, através de um inquérito sobre o Allgarve 2010.

O estudo, orientado pela professora Eugénia Castela, da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, teve 153 participantes, que destacaram sobretudo a música e a gastronomia como elementos-chave do programa Allgarve, percepcionado sobretudo através da internet e de outdoors. A maioria dos inquiridos, com rendimentos que oscilavam entre os €850 e os €2750, diz-se disposta a pagar até 40 euros por concerto e valoriza sobretudo a segurança nos espectáculos e os acessos e estacionamento.

Como sugestões, os inquiridos pretendem maior divulgação do programa, mais eventos locais, mais eventos para crianças e a participação de maior número de artistas nacionais.

Allgarve é 'pulsar de uma região'

Já Nuno Aires, o presidente do Turismo do Algarve, fez na apresentação do balanço do programa Allgarve ’10 a defesa do modelo de programação, a manter para o futuro, dizendo que “um destino turístico sem eventos não ficaria completo”.

“Se o Algarve podia viver sem o Allgarve? Podia, mas não era a mesma coisa”, sumarizou Augusto Miranda, numa rábula a um conhecido anúncio de uma operadora de cabo.

Três milhões na programação, 70 mil de bilheteira

Dos 4,6 milhões de euros de investimento, cerca de três milhões foram investidos só na programação, que em 2010 gerou menos receitas do que no ano anterior.

Em 2008, o Allgarve gerou 60 mil euros de receitas, depois distribuidas como tem sido apanágio até aqui por instituições de solidariedade social, em 2009 gerou 120 mil e em 2010, 70 mil euros, redução justificada por Augusto Miranda com o aumento do investimento na animação de rua e com dois espectáculos, de Anastacia e de Jamie Cullum, em que os produtores assumiram o risco de bilheteira e as consequentes receitas.
Por Edgar Pires In Região-Sul

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