Portugal vai continuar a fazer parte do calendário do campeonato de resistência Le Mans Series em 2011, mas a prova não se realizará no Algarve. A organização decidiu mudar-se de Portimão para o Estoril, alegando atrasos no pagamento e falta de público na pista algarvia.
A organização da prova, entre 23 e 25 de Setembro, vai custar "cerca de 220 mil euros", revelou ao PÚBLICO Domingos Piedade, presidente do conselho de administração do Autódromo do Estoril, acrescentando que este é um investimento que já se traduziu, em poucos dias, em meia dúzia de pedidos de testes de marcas de automóveis e de pneus que estão associadas a este campeonato.
Paulo Pinheiro, administrador do Autódromo Internacional do Algarve, admitiu ao PÚBLICO atrasos nos pagamentos à Le Mans Series ("também há quem nos pague com atrasos"), mas nega que esse seja o motivo da saída da prova do Algarve. "Le Mans é muito giro, com carros espectaculares, mas era apenas uma corrida e não fazia muito sentido com os custos que tinha", explica Paulo Pinheiro, estimando em quase 600 mil euros (quase o triplo do que pagará o Estoril) os custos da prova de resistência.
Le Mans Series à parte, os dois autódromos portugueses contam com provas importantes para 2011. O Estoril voltará a receber o Grande Prémio de MotoGP, desta vez a 1 de Maio. Este é o último ano do actual contrato de três épocas, mas decorrem já negociações com a Dorna, empresa organizadora do Mundial de motociclismo, para a renovação do acordo. O Estoril receberá também testes das categorias de 125cc e Moto 2 em Fevereiro e de MotoGP em Maio, além de outras provas, como o campeonato sul-americano de Porsche Supercup e do campeonato de Espanha de GT.
Já o Algarve mantém a prova de Superbikes (16 de Outubro), a que juntará os testes desta categoria em Janeiro. Nos automóveis, estão previstas as provas do Campeonato do Mundo FIA GT (8 de Maio) e os 1000 km do Algarve (em data a definir).
E como nem só de competição desportiva se faz a vida dos autódromos, ambas as estruturas vão receber apresentações internacionais de automóveis e ampliar a gama de equipamentos disponíveis em 2011. No Estoril, aguarda-se apenas a autorização do Instituto de Conservação da Natureza para avançar com o kartódromo e a escola de condução defensiva, avaliados em cerca de três milhões de euros e que são vistos como investimentos para reforçar a via dos lucros - nos primeiros três trimestres de 2010 o resultado líquido foi de 626 mil euros positivos.
No Algarve, está prevista a conclusão dos apartamentos e hotel anexos ao circuito em 2011. Até agora já foram investidos no autódromo 147 milhões de euros, revelou Paulo Pinheiro, que recusou divulgar os resultados anuais, mas garantiu que a exploração foi positiva em 2009 e será em 2010.
A organização da prova, entre 23 e 25 de Setembro, vai custar "cerca de 220 mil euros", revelou ao PÚBLICO Domingos Piedade, presidente do conselho de administração do Autódromo do Estoril, acrescentando que este é um investimento que já se traduziu, em poucos dias, em meia dúzia de pedidos de testes de marcas de automóveis e de pneus que estão associadas a este campeonato.
Paulo Pinheiro, administrador do Autódromo Internacional do Algarve, admitiu ao PÚBLICO atrasos nos pagamentos à Le Mans Series ("também há quem nos pague com atrasos"), mas nega que esse seja o motivo da saída da prova do Algarve. "Le Mans é muito giro, com carros espectaculares, mas era apenas uma corrida e não fazia muito sentido com os custos que tinha", explica Paulo Pinheiro, estimando em quase 600 mil euros (quase o triplo do que pagará o Estoril) os custos da prova de resistência.
Le Mans Series à parte, os dois autódromos portugueses contam com provas importantes para 2011. O Estoril voltará a receber o Grande Prémio de MotoGP, desta vez a 1 de Maio. Este é o último ano do actual contrato de três épocas, mas decorrem já negociações com a Dorna, empresa organizadora do Mundial de motociclismo, para a renovação do acordo. O Estoril receberá também testes das categorias de 125cc e Moto 2 em Fevereiro e de MotoGP em Maio, além de outras provas, como o campeonato sul-americano de Porsche Supercup e do campeonato de Espanha de GT.
Já o Algarve mantém a prova de Superbikes (16 de Outubro), a que juntará os testes desta categoria em Janeiro. Nos automóveis, estão previstas as provas do Campeonato do Mundo FIA GT (8 de Maio) e os 1000 km do Algarve (em data a definir).
E como nem só de competição desportiva se faz a vida dos autódromos, ambas as estruturas vão receber apresentações internacionais de automóveis e ampliar a gama de equipamentos disponíveis em 2011. No Estoril, aguarda-se apenas a autorização do Instituto de Conservação da Natureza para avançar com o kartódromo e a escola de condução defensiva, avaliados em cerca de três milhões de euros e que são vistos como investimentos para reforçar a via dos lucros - nos primeiros três trimestres de 2010 o resultado líquido foi de 626 mil euros positivos.
No Algarve, está prevista a conclusão dos apartamentos e hotel anexos ao circuito em 2011. Até agora já foram investidos no autódromo 147 milhões de euros, revelou Paulo Pinheiro, que recusou divulgar os resultados anuais, mas garantiu que a exploração foi positiva em 2009 e será em 2010.
In Público
Como era nosso pensamento inicial, cada vez mais se prova que o investimento num autódromo desta dimensão no Algarve, pouco sucesso teria na nossa região... Apesar de economicamente ter algumas reticências nos alegados resultados positivos, conseguidos através do aluguer da pista a nível de testes de marcas e competições, desportivamente o circuito do Algarve está cada vez mais pobre, e as provas que no passado escolheram este recinto como o WTCC, Le Mans, GP2 e mesmo os testes de F1, afastam-se do espaço, possivelmente pelas condições financeiras oferecidas pelo promotor, ou mesmo, como neste caso, pela incapacidade da administração do autódromo em investir em provas de qualidade, quando o público, regra geral não aparece...
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