Perseverança para reagir às adversidades, adaptação ao mercado e sinergias com empresas da mesma indústria é a receita da Conserveira do Sul, uma das duas sobreviventes algarvias do setor, para resistir à conjuntura de crise económica e social.
Sedeada numa região em que a indústria conserveira declinou, esta empresa familiar de Olhão, gerida pela terceira geração de descendência do fundador, conseguiu faturar no ano anterior 5,5 milhões de euros e o seu objetivo é, segundo o sócio gerente Jorge Ferreira, "continuar num negócio que não é de milhões, é de tostões, mas dá emprego a 86 pessoas".
"Não está fácil. Está difícil, como para todos, e ainda mais em tempos de crise. Vivemos estas dificuldades ligadas à economia, a dos nossos consumidores relativas à diminuição do poder de compra e a do aumento dos custos de produção, devido à subida dos preços das matérias-primas e de todos os bens e serviços de apoio à produção", disse à Agência Lusa Jorge Ferreira.
A estas duas dificuldades, acrescentou, soma-se ainda "um maior incumprimento das obrigações ao nível da cobrança e do pagamento das mercadorias pelos clientes".
Mas o responsável da empresa algarvia explicou que "nem tudo está mal" e "até têm aumentado as quantidades vendidas na gama das conservas, com preços mais baixos", embora isso "não implique subida das margens de comercialização" devido à opção de não repercutir o aumento dos custos junto do consumidor na mesma proporção.
Jorge Ferreira defendeu que "a gestão da empresa tem que ser, por isso, muito rígida e criteriosa para se manter acima da linha de água".
A Conserveira do Sul, que além de conservas produz e comercializa patés de pescado, tem 90 por cento da actividade no mercado nacional, onde as indústrias do setor são muitas vezes parceiras, mas está, segundo Ferreira, a "lutar para inverter" este número.
"A exportação tem ainda um peso relativamente reduzido. Nos últimos anos temos feito esforços na captação de novos mercados, com alguns frutos, mas ainda há muito trabalho pela frente para aumentar a quota de vendas no mercado externo", reconheceu.
Ferreira disse que a concorrência interna e externa "continua a ser grande" e lamentou que, "no grande mercado externo, no de grandes volumes, a empresa não tenha competitividade" devido aos preços mais baixos praticados pelas indústrias concorrentes estrangeiras.
"Nós, Conserveira do Sul, e toda a indústria portuguesa e europeia. Estamos a competir com as chamadas economias emergentes, nomeadamente Marrocos, os produtores do centro e sul da América e do extremo oriente, que na produção da sardinha e atum são muito mais competitivos", precisou.
Para o gerente da empresa, "essa é a grande razão do declínio e morte de muitas empresas em todo o país" e de, "no Algarve, que era uma região conserveira por excelência desde Vila Real de Santo António até Lagos, apenas resistirem duas, ambas sedeadas em Olhão".
"Isto não é um negócio de milhões, é de tostões, mas dá emprego a 86 pessoas, neste momento somos responsáveis pela subsistência de muitas famílias e é nesta perspectiva e compromisso que vamos lutar, e lutar, para o negócio continuar", afirmou.
Sedeada numa região em que a indústria conserveira declinou, esta empresa familiar de Olhão, gerida pela terceira geração de descendência do fundador, conseguiu faturar no ano anterior 5,5 milhões de euros e o seu objetivo é, segundo o sócio gerente Jorge Ferreira, "continuar num negócio que não é de milhões, é de tostões, mas dá emprego a 86 pessoas".
"Não está fácil. Está difícil, como para todos, e ainda mais em tempos de crise. Vivemos estas dificuldades ligadas à economia, a dos nossos consumidores relativas à diminuição do poder de compra e a do aumento dos custos de produção, devido à subida dos preços das matérias-primas e de todos os bens e serviços de apoio à produção", disse à Agência Lusa Jorge Ferreira.
A estas duas dificuldades, acrescentou, soma-se ainda "um maior incumprimento das obrigações ao nível da cobrança e do pagamento das mercadorias pelos clientes".
Mas o responsável da empresa algarvia explicou que "nem tudo está mal" e "até têm aumentado as quantidades vendidas na gama das conservas, com preços mais baixos", embora isso "não implique subida das margens de comercialização" devido à opção de não repercutir o aumento dos custos junto do consumidor na mesma proporção.
Jorge Ferreira defendeu que "a gestão da empresa tem que ser, por isso, muito rígida e criteriosa para se manter acima da linha de água".
A Conserveira do Sul, que além de conservas produz e comercializa patés de pescado, tem 90 por cento da actividade no mercado nacional, onde as indústrias do setor são muitas vezes parceiras, mas está, segundo Ferreira, a "lutar para inverter" este número.
"A exportação tem ainda um peso relativamente reduzido. Nos últimos anos temos feito esforços na captação de novos mercados, com alguns frutos, mas ainda há muito trabalho pela frente para aumentar a quota de vendas no mercado externo", reconheceu.
Ferreira disse que a concorrência interna e externa "continua a ser grande" e lamentou que, "no grande mercado externo, no de grandes volumes, a empresa não tenha competitividade" devido aos preços mais baixos praticados pelas indústrias concorrentes estrangeiras.
"Nós, Conserveira do Sul, e toda a indústria portuguesa e europeia. Estamos a competir com as chamadas economias emergentes, nomeadamente Marrocos, os produtores do centro e sul da América e do extremo oriente, que na produção da sardinha e atum são muito mais competitivos", precisou.
Para o gerente da empresa, "essa é a grande razão do declínio e morte de muitas empresas em todo o país" e de, "no Algarve, que era uma região conserveira por excelência desde Vila Real de Santo António até Lagos, apenas resistirem duas, ambas sedeadas em Olhão".
"Isto não é um negócio de milhões, é de tostões, mas dá emprego a 86 pessoas, neste momento somos responsáveis pela subsistência de muitas famílias e é nesta perspectiva e compromisso que vamos lutar, e lutar, para o negócio continuar", afirmou.
Não é por obra do acaso colocar aqui este artigo, nem tão pouco por ter interesses na empresa a que se refere o mesmo.
A verdadeira questão é que cada um de nós, algarvios temos a obrigação de na hora das nossas compras dar primazia, (dentro do limite financeiro de cada um) em adquirir produto nacional, e neste caso concerto algarvio. Só com a consciência activa de que cada um, sabendo que desta forma defende o emprego dos nossos vizinhos e quem sabe familiares, dinamizará a economia local e de uma forma indirecta salvaguardará também o poder de compra que mantêm de pé o consumo nas empresas onde cada um de nós trabalha.
Sem comentários:
Enviar um comentário