Dezenas de músicos do Algarve deverão desfilar sábado em protesto silencioso pelas ruas de Faro contra uma ordem de despejo do Tribunal da cidade, desencadeada pela empresa Cleber, que pretende construir um empreendimento de luxo no local de ensaio dos artistas.
A medida afectará 31 bandas de música de Faro, Olhão, Loulé e Quarteira, mas também actores, dancarinos e DJ’s da região do Algarve.
O objetivo do desfile, que começa às 09:30, é sensibilizar a sociedade de que vão perder as 18 salas de ensaios e pedir mais tempo às autoridades locais para continuarem a ensaiar nas instalações da Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM), antes de acatarem a ordem judicial de despejo.
“Precisamos de mais tempo para encontrar uma solução de alojamento numa sede definitiva antes de sermos despejados”, apelou, em entrevista à Lusa, Armindo Dias, sócio fundador da ARCM, observando que a associação existe há 20 anos, não tem fins lucrativos e se parar agora “todo o trabalho é destruído”.
A Associação Recreativa e Cultural de Músicos recebeu a notícia da sentença do Tribunal de Faro em outubro passado. A ação de despejo foi desencadeada pela empresa Cleber - Sociedade Imobiliária, a atual dona dos armazéns onde os músicos ensaiam e que custou cerca de dois milhões de euros aos antigos proprietários.
Segundo Armindo Dias, o ex presidente da Câmara de Faro Luís Coelho, e atual presidente da Assembleia Municipal de Faro, é procurador da Cleber e um dos promotores do projeto imobiliário que prevê apartamentos de luxo com vista para a zona protegida da Ria Formosa e zona comercial num valor que ascende os 30 milhões de euros.
Com o lema “Os Músicos ficam sem casa, inevitavelmente Faro vai ficar sem música”, Armindo Dias conta que os artistas vão desfilar de instrumentos em punho e em silêncio por várias ruas da cidade de Faro.
Em comunicado de imprensa enviado hoje à comunicação social, a ARCM apela à participação dos 400 sócios, mas também dos amigos e famílias dos artistas no desfile, que deverá terminar cerca do meio dia no Jardim Manuel Bívar, na Baixa de Faro.
Uma das alternativas para a nova sede da ARCM, e que a autarquia de Faro colocou como hipótese, é na zona da Horta da Areia, perto da Escola de Hotelaria de Faro, junto às salinas e caminho de ferro, mas carece de validação do Parque Natural da Ria Formosa e da Administração Regional Hidrográfica (ARH) do Algarve, processo que não se compadece com a sentença de despejo.
A Associação Recreativa e Cultural de Músicos é “um exemplo único de associativismo que cria condições à liberdade criativa e de expressão” e serve a “comunidade farense e a cultural regional”, lê-se na mesma nota de imprensa da ARCM.
A medida afectará 31 bandas de música de Faro, Olhão, Loulé e Quarteira, mas também actores, dancarinos e DJ’s da região do Algarve.
O objetivo do desfile, que começa às 09:30, é sensibilizar a sociedade de que vão perder as 18 salas de ensaios e pedir mais tempo às autoridades locais para continuarem a ensaiar nas instalações da Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM), antes de acatarem a ordem judicial de despejo.
“Precisamos de mais tempo para encontrar uma solução de alojamento numa sede definitiva antes de sermos despejados”, apelou, em entrevista à Lusa, Armindo Dias, sócio fundador da ARCM, observando que a associação existe há 20 anos, não tem fins lucrativos e se parar agora “todo o trabalho é destruído”.
A Associação Recreativa e Cultural de Músicos recebeu a notícia da sentença do Tribunal de Faro em outubro passado. A ação de despejo foi desencadeada pela empresa Cleber - Sociedade Imobiliária, a atual dona dos armazéns onde os músicos ensaiam e que custou cerca de dois milhões de euros aos antigos proprietários.
Segundo Armindo Dias, o ex presidente da Câmara de Faro Luís Coelho, e atual presidente da Assembleia Municipal de Faro, é procurador da Cleber e um dos promotores do projeto imobiliário que prevê apartamentos de luxo com vista para a zona protegida da Ria Formosa e zona comercial num valor que ascende os 30 milhões de euros.
Com o lema “Os Músicos ficam sem casa, inevitavelmente Faro vai ficar sem música”, Armindo Dias conta que os artistas vão desfilar de instrumentos em punho e em silêncio por várias ruas da cidade de Faro.
Em comunicado de imprensa enviado hoje à comunicação social, a ARCM apela à participação dos 400 sócios, mas também dos amigos e famílias dos artistas no desfile, que deverá terminar cerca do meio dia no Jardim Manuel Bívar, na Baixa de Faro.
Uma das alternativas para a nova sede da ARCM, e que a autarquia de Faro colocou como hipótese, é na zona da Horta da Areia, perto da Escola de Hotelaria de Faro, junto às salinas e caminho de ferro, mas carece de validação do Parque Natural da Ria Formosa e da Administração Regional Hidrográfica (ARH) do Algarve, processo que não se compadece com a sentença de despejo.
A Associação Recreativa e Cultural de Músicos é “um exemplo único de associativismo que cria condições à liberdade criativa e de expressão” e serve a “comunidade farense e a cultural regional”, lê-se na mesma nota de imprensa da ARCM.
In Diário-Online via Lusa
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