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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Afinal foi mesmo penalty

"Contra o coro de críticas, protestos e até ameaças que começaram em Paulo Bento e se espalharam em rede por comentadores encartados, ex-árbitros-comentadores e outros especialistas, o penálti assinalado pelo juiz-auxiliar Luís Ramos, que o árbitro Paulo Baptista confirmou, foi bem assinalado. Tem, pelo menos, uma base regulamentar aplicável. Trata-se, de resto, de uma conhecida recomendação do International Board, a que a FIFA deu seguimento, e que, pelo menos os senhores árbitros tinham obrigação de conhecer, a começar pelo sr. Paulo Baptista. Que diz a tal recomendação? Que os senhores árbitros, perante um jogador defensivo que inicie uma acção faltosa sobre um atacante fora da grande área (por ex., um agarrão), que venha a terminar dentro da grande área, devem assinalar grande penalidade! Precisamente o que aconteceu (o agarrão do texto da recomendação é apenas um exemplo) no jogo de sábado entre o Sporting e o assustador Trofense. O mais surpreendente em tudo isto foram as proporções do protesto “oficial” leonino em relação a uma jogada quando a equipa já ganhava, não ao FC Porto ou ao Benfica, mas ao Trofense, e por uma margem folgada (3-0), uma jogada, como se viu, sem consequências para os donos da casa (a expulsão de Polga era inevitável, em qualquer circunstância). Mas eis que, de súbito, como se se tratasse do principal jogo da jornada, colunistas, especialistas e alguns jornalistas apareceram a fazer amém às queixas de Paulo Bento, arrasando, não o árbitro Paulo Baptista, que pôs o rabinho de fora, reconhecendo um erro que não cometeu, mas o pobre juiz auxiliar Luís Ramos. Um jornal desportivo, como quem colabora para o clima de violência social de um País que deixou de ser de brandos costumes, anunciava ontem em parangonas balísticas que “Luís Ramos está sob a mira da SAD leonina”. O que é preocupante, para lá do surto de amnésia colectiva sobre normas regulamentares que deviam ser conhecidas, e respeitadas, é a dimensão das reacções a uma decisão de uma equipa de arbitragem, sem consequências, num jogo em que os donos da casa esmagaram o seu frágil adversário. O que não seria, se fosse num jogo importante e uma decisão com influência no resultado? As generalizações sobre a arbitragem feitas pelo treinador do Sporting, antes e depois deste caso, no seu estilo sincopado e repetitivo, mostram, aliás, um Paulo Bento tenso e irritável (como se viu nalgumas respostas a jornalistas), o que constitui para mim, que o tinha por um homem tranquilo, uma surpresa. E um mau sinal para, como acentua sempre o doutor Hermínio, esta Liga Sagres…sem álcool"

Por Rui Cartaxana,

5 comentários:

Zé de Fare disse...

Devias ter vergonha em publicar um texto tão miserável quanto mentiroso dessa amostra de gente que ao que dizem se chama RC. O lance não é penalty, nem aqui nem na lua. A culpa do balão benfiquista ter durando 50 min de campeonato não é de certeza do Paulo Bento. Não mudem as regras de novo! Já chega o corte do Polga o ano passado! A «escola» do RC já tem barbas...

SamM disse...

Lex, dura Lex... Essa veia sportinguista corre forte... Se é a lei, que dizer? Eu mal vi lance porque a Liga Sagres actualmente pouco me diz... Agora isto trata-se de leis de jogo... Estão mal interpretadas?? Isso é outra questão. Estive agora a visionar as imagens e falta é fora da área mas o jogador só se estatela sobre a linha de área, pois o lance é muito rápido... Também não estou dentro da arbitragem mas gostava de perceber melhor esta interpretação do senhor Cartaxana, com alguém com conhecimentos que pudesse explicar tudo tintim por tin tim...

Zé de Fare disse...

Atão vou fazer o desenho de outra maneira... Se o polga fizesse uma rasteira ao tipo do trofense junto à linha de meio campo e o moço fosse cair na bancada atrás da baliza, onde é que marcavas a falta? Também era penalty não?

JoaoC disse...

A recomendação da FIFA não é aplicável nesta situação pela seguinte razão: Não há um momento em que começa e acaba a falta, não há agarrão que se prolongue, há uma rasteira e só há esse momento do toque que deve ser considerado.

SamM disse...

Obrigado pela explicação JoãoC, têm lógica e acredito que seja a correcta mas no meio desta baralhada ainda fico mais estupefacto com a resposta do senhor Cartaxana no dia de hoje, na sequencia dos inumeros comentários da sua intervenção de ontem... link: http://www.record.pt/noticia.asp?id=802261&idCanal=3437