O aumento do preço dos combustíveis devido à subida do IVA está a aumentar número de portugueses a atravessar a fronteira para abastecer em Espanha. Gás a metade do preço e preços mais baixos também nos alimentos e artigos de limpeza.
Se a corrida ao país vizinho para comprar combustível, artigos de supermercado ou roupa, sobretudo por parte dos que residem perto da fronteira, já se fazia notar antes, agora é ainda mais evidente, com a subida do IVA para 23 por cento desde 1 de janeiro.
Segundo constatou a Lusa, a diferença no preço do litro de gasolina praticado num posto Galp em Vila Real de Santo António e noutro posto da mesma petrolífera, a poucos quilómetros, em Ayamonte, rondava hoje os 26 cêntimos.
Também o preço das botijas de gás apresentava uma diferença considerável: 22,5 euros na Galp portuguesa contra 13,20 euros na congénere espanhola, ou seja praticamente metade do preço.
Um dos funcionários do posto algarvio disse à Lusa que, no que respeita ao combustível, a maior diferença é mesmo na gasolina, pois a Galp lançou antes do final do ano uma promoção que reduziu o preço do litro de gasóleo em dez cêntimos.
Mesmo assim, a diferença no movimento de carros num e noutro posto eram hoje de manhã notórias e, no caso do posto espanhol, uma boa parte dos carros ali paravam tinham matrícula portuguesa.
"Aqui deve haver mais portugueses a abastecer do que em Portugal e a maioria vem para encher o depósito", diz o funcionário do posto espanhol, que afirma não sentir grande diferença na afluência desde 1 de janeiro já que a prática "era prática comum".
É o caso de José Viegas Ramos, que mora perto de Vila Real de Santo António e que vai quase todas as semanas a Ayamonte, a primeira cidade espanhola a seguir à fronteira, para atestar o depósito da sua carrinha.
O reformado confessou à Lusa que vai a Espanha pôr gasolina há cerca de cinco anos, ou seja, "desde que os preços começaram a subir sem parar" e justifica-se dizendo que "vale a pena" já que a diferença é "muito grande".
"A diferença entre atestar o depósito em Portugal ou em Espanha é mais ou menos de dois contos [dez euros]", diz, sublinhando que o Estado português "explora tanto" que é preciso procurar alternativas.
Outro dos automobilistas com quem a Lusa falou, Vítor Brígida, "juntou o útil ao agradável" e decidiu abastecer o depósito num passeio a Ayamonte, mas confessa que "normalmente não liga muito aos preços".
"Claro que aqui é mais barato mas como moro longe da fronteira [em Lisboa] não devo fazer isto muitas vezes", afirma, concordando com os automobilistas que o fazem e para os quais a diferença de preço aliada à proximidade justifica a deslocação.
Contudo, não é só o preço do combustível que atrai os portugueses, também a comida e sobretudo os artigos de higiene levam muitos nacionais a fazer compras nos supermercados espanhóis, principalmente nas grandes superfícies.
Segundo uma empregada de um supermercado da cadeia Reina, em Ayamonte, veem-se cada vez mais portugueses naquela cidade a fazer compras, sobretudo produtos de higiene, que, diz, são muito mais baratos do que em Portugal.
"Aqui não se vê tanto, é mais nas grandes superfícies, mas sentimos muito a presença de portugueses aqui em Ayamonte", afirma.
Se a corrida ao país vizinho para comprar combustível, artigos de supermercado ou roupa, sobretudo por parte dos que residem perto da fronteira, já se fazia notar antes, agora é ainda mais evidente, com a subida do IVA para 23 por cento desde 1 de janeiro.
Segundo constatou a Lusa, a diferença no preço do litro de gasolina praticado num posto Galp em Vila Real de Santo António e noutro posto da mesma petrolífera, a poucos quilómetros, em Ayamonte, rondava hoje os 26 cêntimos.
Também o preço das botijas de gás apresentava uma diferença considerável: 22,5 euros na Galp portuguesa contra 13,20 euros na congénere espanhola, ou seja praticamente metade do preço.
Um dos funcionários do posto algarvio disse à Lusa que, no que respeita ao combustível, a maior diferença é mesmo na gasolina, pois a Galp lançou antes do final do ano uma promoção que reduziu o preço do litro de gasóleo em dez cêntimos.
Mesmo assim, a diferença no movimento de carros num e noutro posto eram hoje de manhã notórias e, no caso do posto espanhol, uma boa parte dos carros ali paravam tinham matrícula portuguesa.
"Aqui deve haver mais portugueses a abastecer do que em Portugal e a maioria vem para encher o depósito", diz o funcionário do posto espanhol, que afirma não sentir grande diferença na afluência desde 1 de janeiro já que a prática "era prática comum".
É o caso de José Viegas Ramos, que mora perto de Vila Real de Santo António e que vai quase todas as semanas a Ayamonte, a primeira cidade espanhola a seguir à fronteira, para atestar o depósito da sua carrinha.
O reformado confessou à Lusa que vai a Espanha pôr gasolina há cerca de cinco anos, ou seja, "desde que os preços começaram a subir sem parar" e justifica-se dizendo que "vale a pena" já que a diferença é "muito grande".
"A diferença entre atestar o depósito em Portugal ou em Espanha é mais ou menos de dois contos [dez euros]", diz, sublinhando que o Estado português "explora tanto" que é preciso procurar alternativas.
Outro dos automobilistas com quem a Lusa falou, Vítor Brígida, "juntou o útil ao agradável" e decidiu abastecer o depósito num passeio a Ayamonte, mas confessa que "normalmente não liga muito aos preços".
"Claro que aqui é mais barato mas como moro longe da fronteira [em Lisboa] não devo fazer isto muitas vezes", afirma, concordando com os automobilistas que o fazem e para os quais a diferença de preço aliada à proximidade justifica a deslocação.
Contudo, não é só o preço do combustível que atrai os portugueses, também a comida e sobretudo os artigos de higiene levam muitos nacionais a fazer compras nos supermercados espanhóis, principalmente nas grandes superfícies.
Segundo uma empregada de um supermercado da cadeia Reina, em Ayamonte, veem-se cada vez mais portugueses naquela cidade a fazer compras, sobretudo produtos de higiene, que, diz, são muito mais baratos do que em Portugal.
"Aqui não se vê tanto, é mais nas grandes superfícies, mas sentimos muito a presença de portugueses aqui em Ayamonte", afirma.
In Observatório do Algarve, via Agência Lusa
Apesar de tudo a diferença de 26 cêntimos não é tão significativa como no passado. Todos sabemos que os preços são muito mais inflacionados deste lado da fronteira, mas no passado a diferença foi superior. Mais enscandaloso é o preço do gás, que é metade do que é em Portugal. Um autêntico escândalo! Depois queixem-se (os políticos) que a receita fiscal é inferior ao previsto... Quem tudo quer, tudo perde...
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