Quatro associações empresariais algarvias querem travar a elaboração do Plano de Urbanização Caliços/Esteval, zona onde deverá nascer uma loja Ikea, através de uma providência cautelar contra a Câmara de Loulé.
A autarquia deliberou em agosto avançar com a elaboração do plano, assinando em dezembro um contrato com a cadeia sueca para a realização de um projeto comercial naquela zona que inclui uma loja Ikea, um centro comercial e um “retail park”.
A localização escolhida, junto ao nó Loulé/Faro da Via Infante e ao Parque das Cidades, é criticada pelos signatários da providência cautelar já enviada ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, que defendem o eixo Loulé/Centro como alternativa.
O documento da providência cautelar, a que a Lusa teve acesso, é subscrito por quatro entidades coletivas – entre as quais a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a maior do setor na região -, e dois particulares.
A Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) do Algarve e a Associação dos Empresários de Quarteira e Vilamoura compõem o conjunto.
Aquelas entidades querem decretar a suspensão da eficácia da deliberação daquele plano, em fase de elaboração, por “violar a lei” no que se refere aos “princípios de sustentabilidade na ocupação do território” e da “prossecução de interesse público”.
O facto de o terreno ser agrícola – o que obrigará à reconversão de outros, urbanos -, e o expetável aumento de tráfego automóvel numa zona para onde se prevê a construção do Hospital Central do Algarve são outros dos argumentos apresentados.
Os signatários apontam a opção Loulé/Centro como a mais viável já que além de beneficiar de uma zona comercial ali localizada e que está “subaproveitada”, implica uma desafetação menor de terrenos agrícolas evitando a intermitência de construção.
Elidérico Viegas, presidente da AHETA, disse à Lusa considerar que a construção de um complexo comercial naquela zona vai criar um “estrangulamento à região” em vez de funcionar como um pólo de desenvolvimento.
Já João Rosado, dirigente da ACRAL, refere que aquele complexo será “sempre prejudicial”, seja qual for a sua localização, uma vez que o Algarve já se encontra “sobredimensionado em número de grandes superfícies”.
Paulo Bernardo, da ANJE, sublinha não ter nada contra o investimento da cadeia Ikea mas critica a localização, junto a um estádio de futebol e a um futuro hospital, o que pode provocar o “caos” no trânsito do nó “mais nobre” do Algarve.
O presidente da Câmara de Loulé, Seruca Emídio, referiu que a fundamentação “está a ser analisada pelo departamento jurídico”.
Acrescentou ainda que a providência cautelar “está dentro da estratégia delineada pelo opositores da localização” definida para a nova loja Ikea.
In Jornal do Algarve
A autarquia deliberou em agosto avançar com a elaboração do plano, assinando em dezembro um contrato com a cadeia sueca para a realização de um projeto comercial naquela zona que inclui uma loja Ikea, um centro comercial e um “retail park”.
A localização escolhida, junto ao nó Loulé/Faro da Via Infante e ao Parque das Cidades, é criticada pelos signatários da providência cautelar já enviada ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, que defendem o eixo Loulé/Centro como alternativa.
O documento da providência cautelar, a que a Lusa teve acesso, é subscrito por quatro entidades coletivas – entre as quais a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a maior do setor na região -, e dois particulares.
A Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) do Algarve e a Associação dos Empresários de Quarteira e Vilamoura compõem o conjunto.
Aquelas entidades querem decretar a suspensão da eficácia da deliberação daquele plano, em fase de elaboração, por “violar a lei” no que se refere aos “princípios de sustentabilidade na ocupação do território” e da “prossecução de interesse público”.
O facto de o terreno ser agrícola – o que obrigará à reconversão de outros, urbanos -, e o expetável aumento de tráfego automóvel numa zona para onde se prevê a construção do Hospital Central do Algarve são outros dos argumentos apresentados.
Os signatários apontam a opção Loulé/Centro como a mais viável já que além de beneficiar de uma zona comercial ali localizada e que está “subaproveitada”, implica uma desafetação menor de terrenos agrícolas evitando a intermitência de construção.
Elidérico Viegas, presidente da AHETA, disse à Lusa considerar que a construção de um complexo comercial naquela zona vai criar um “estrangulamento à região” em vez de funcionar como um pólo de desenvolvimento.
Já João Rosado, dirigente da ACRAL, refere que aquele complexo será “sempre prejudicial”, seja qual for a sua localização, uma vez que o Algarve já se encontra “sobredimensionado em número de grandes superfícies”.
Paulo Bernardo, da ANJE, sublinha não ter nada contra o investimento da cadeia Ikea mas critica a localização, junto a um estádio de futebol e a um futuro hospital, o que pode provocar o “caos” no trânsito do nó “mais nobre” do Algarve.
O presidente da Câmara de Loulé, Seruca Emídio, referiu que a fundamentação “está a ser analisada pelo departamento jurídico”.
Acrescentou ainda que a providência cautelar “está dentro da estratégia delineada pelo opositores da localização” definida para a nova loja Ikea.
In Jornal do Algarve
E Macário Correia não diz nada perante estas movimentações para afastar Faro dos grandes investimentos privados?
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