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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Loulé: PS acusa autarquia de ceder ao poder económico do grupo IKEA


O PS acusou a Câmara de Loulé (PSD) de "submissão" ao poder económico ao querer permitir a instalação do IKEA num terreno rural, cedendo ao argumento "chantagista" da cadeia sueca de que iria deslocar o investimento para Huelva, Espanha.


A Câmara de Loulé deliberou quarta feira à tarde, por maioria, iniciar os procedimentos de elaboração do Plano de Urbanização Caliços/Esteval, local previsto para a implantação da área comercial, mas com os votos contra dos vereadores do PS.

Esta localização - junto ao nó Loulé/Faro - foi escolhida pelo grupo sueco em detrimento de outras alternativas que o PS local considerava mais apropriadas, como a zona empresarial da cidade.

O centro comercial Inter Ikea deverá abrir em Loulé até 2015, num investimento que, segundo os promotores, ronda os 200 milhões de euros e permitirá criar três mil postos de trabalho, cobrindo a população algarvia, Baixo Alentejo e zona fronteiriça.

Contudo, apesar de se mostrar favorável à instalação do empreendimento no concelho, o presidente do PS/Loulé diz que aquela localização implica a reconversão de espaços urbanos atualmente previstos Plano Diretor Municipal (PDM) em rurais.

Isto porque a CCDR/Algarve diz que a elaboração do Plano de Urbanização (PU) terá que ser feito num quadro de revisão do PDM no qual terão que ser reponderadas áreas já previstas naquele plano para usos empresariais.

"Por contrapartida da aprovação do plano a autarquia terá que renaturalizar alguns espaços urbanos e conter a expansão de perímetros urbanos da cidade e de outras localidades", afirmou aquele responsável à Lusa.

Segundo Victor Faria, isso significa na prática que a atual área empresarial de Loulé e outros aglomerados urbanos terão que ser "sacrificados" em benefício da aprovação do PU Caliços/Esteval.

O PS/Loulé acusa ainda o grupo sueco de ter declinado as outras alternativas - na zona industrial de Boliqueime, na zona empresarial de Loulé e na periferia de Almancil - com base num conjunto de "inverdades".

"O grupo IKEA rejeitou a hipótese de Loulé porque assim o empreendimento não seria visível da A22 e as outras duas por alegadamente não terem espaços disponíveis, o que não é verdade", acusam.


In Observatório do Algarve

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